A APTA (Agência Paulista de Tecnologia em Agronegócios) – Alta Mogiana e a Bellman Nutrição Animal – líder em suplementação de alta tecnologia – promoveram, no dia 20 de agosto o já tradicional dia de campo realizado na Estação Experimental de Colina-SP. O evento, que esse ano recebeu por volta de 160 pessoas, é fruto da parceria entre a APTA e a Bellman, que chega ao seu quarto ano.
Com o tema Estratégias de Suplementação na Recria e Terminação de Bovinos de Corte, o evento abordou, nas cinco dinâmicas de campo realizadas, assuntos relacionados à terminação de animais com peso corporal superior a 500 kg, bom acabamento de gordura na carcaça e idade inferior a 24 meses.
A professora do Unifeb (Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos) e doutoranda em zootecnia pela Unesp (Universidade Estadual Paulista, campus de Jaboticabal), Marcella de Toledo Piza Roth, apresentou os resultados obtidos com a suplementação de bezerros no pós-desmama durante a época da seca. A professora comentou os principais problemas dessa fase e os objetivos da suplementação, concluindo que o uso de suplemento protéico, no caso o Lambisk S, permitiram ganhos na ordem de 200 a 400 g/dia, e de suplementos protéico-energéticos, no caso BellPeso SV e BellPeso MGP, entre 500 a 640 g/dia.
Com base na avaliação econômica desta suplementação, o pesquisador Fernando Bergantini Miguel concluiu que os pecuaristas mais adversos ao risco se ajustam melhor ao sistema de suplementação protéica (Lambisk S) e sugeriu: “Em situações que o pecuarista estiver disposto ao maior investimento e tiver um controle adequado para isso, a suplementação protéico-energética (BellPeso SV) proporciona receita líquida até 10% superior.”
Por sua vez, o pesquisador Dr. Gustavo Rezende Siqueira, da APTA Colina, apresentou um comparativo entre as suplementações protéica (Lambisk V), energética (milho) e protéico-energética (BellPeso SV) na recria de bovinos durante o período das águas. “A utilização de suplementos no período das águas aumenta o ganho em peso corporal. Avaliando os quatros anos de experimentos, obtivemos um incremento de ganho em peso de 31% com a utilização de Lambisk V e 45% com a utilização de BellPeso SV em relação à suplementação energética”, salientou o pesquisador.
Em uma dinâmica denominada a radiografia do ganho de peso, o doutorando Matheus Henrique Moretti apresentou números inéditos obtidos no último ano de avaliação dos animais que receberam suplementação protéica (Lambisk S) e protéico-energética (BellPeso MGP). “Estudos realizados na APTA têm mostrado que o tipo de suplementação influencia na forma que o animal ganha peso, ou seja, em função do tipo de suplementação, o ganho em carcaça mensurado, para cada kg de peso medido na balança, pode ser maior ou menor”, disse.
Os números comparativos dos dois tratamentos comprovam isso: para cada kg de peso corporal,o ganho em carcaça foi de 0,531 kg com suplementação protéica e 0,549 kg com suplementação protéico-energética. “A diferença de aproximadamente 20 gramas parece pequena, porém, se consideramos um animal da recria ao abate (520 kg), o maior ganho em carcaça assume valores interessantes, ou seja, o que recebeu suplementação protéico-energética produzirá 9,6 kg de carcaça a mais do que o animal que recebeu suplementação protéica, o que representa 0,6 @ a mais”, completou.
Outro tema abordado foi a influência da suplementação durante a recria sobre os ganhos no confinamento. O pesquisador Dr. Flávio Dutra Resende apresentou os resultados dos trabalhos realizados durante os quatro anos, onde foi possível constatar que, na fase de recria logo após a desmama, durante a primeira seca, não há influência do nível de suplementação sobre o desempenho animal no confinamento. Porém, na fase seguinte, com animais de 13-14 meses de idade, o fornecimento de suplementação protéico-energética durante o período das águas influenciou no ganho de peso dos animais durante o confinamento. “Neste caso, como os animais estavam próximo da puberdade, ao receberem maior aporte de energia, via maiores níveis de suplemento, anteciparam o acabamento”, disse.
De acordo com Resende, a princípio, esta poderia não ser uma estratégia interessante quando avaliada somente na ótica da terminação. Porém, ao serem suplementados com protéico-energético na fase de recria, os animais entraram mais pesados no confinamento, quando comparados aos que receberam sal mineral, reduzindo o período de confinamento em 35 dias.
“As vantagens obtidas com a redução do tempo de confinamento, melhor rendimento e bom acabamento de carcaça compensam o menor ganho diário. Como o produtor recebe por kg de carcaça produzida, essa nova forma de avaliar o desempenho animal precisa ser incorporada na sua tomada de decisão: suplementar ou não, quanto suplementar e quando?”, destacou Resende.
Em sua dinâmica, César Graminha, do Departamento Técnico da Bellman, apresentou o Confinamento Expresso®, conceito inovador lançado em 2009 e que está sendo utilizado em experimentos na APTA de Colina. Trata-se da suplementação intensiva a pasto com ganhos semelhantes ao confinamento convencional. Nesse sistema, os animais são mantidos em pastagens vedadas e alimentados duas vezes ao dia com ração fornecida em quantidades até 2,0 % do peso vivo. “A técnica vem obtendo grande sucesso, as propriedades que a utilizaram em 2009 obtiveram ganho de peso médio de 1,35 kg/dia. Em 2010, esperamos que mais de 100.000 cabeças sejam terminadas através do Confinamento Expresso®” previu Graminha.
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