O produtor de carne da Argentina tem uma participação de 21% no preço do quilo da carne, avaliado em 14,8 pesos (US$ 3,90) em média, quando historicamente teve uma participação de 30%, segundo um trabalho sobre pecuária da Associação Argentina de Consórcios Regionais de Experimentação Agrícola (AACREA). O economista da Coninagro, Daniel Asseff, disse que "se tem demonstrado tecnicamente que o custo de produção está acima dos preços de venda dos animais, de forma que o produtor perde dinheiro".
O produtor de carne da Argentina tem uma participação de 21% no preço do quilo da carne, avaliado em 14,8 pesos (US$ 3,90) em média, quando historicamente teve uma participação de 30%, segundo um trabalho sobre pecuária da Associação Argentina de Consórcios Regionais de Experimentação Agrícola (AACREA), apresentado por técnicos da Mesa de Enlace.
Os técnicos concordaram que a progressão dos preços e a queda na produção aceleram as possibilidades de que a Argentina importe carne bovina em 2010.
Alguns dos dados da AACREA apresentados foram comparações, por exemplo: entre abril de 2006 e o mesmo mês desse ano, o preço do refrigerante de cola aumentou em 130%, o do alface aumentou em 94% e o da carne em 26%. O produtor participa com 21%, segundo AACREA, do valor da cadeia de carnes, enquanto que a indústria participa com 5%, o Estado com 24%, e outros membros com 26%, entre os quais, os açougues, e outros 24% correspondem aos custos de transação.
O economista da Coninagro que participou do encontro, Daniel Asseff, disse que “se tem demonstrado tecnicamente que o custo de produção está acima dos preços de venda dos animais, de forma que o produtor perde dinheiro”.
“Não estamos pedindo que aumente o preço da carne. Queremos que o Estado cumpra seu papel e políticas para que se distribua melhor a participação de cada elo da cadeia no preço da carne na gôndola”.
Por outro lado, o coordenador geral da AACREA, Belisario Alvarez de Toledo, adverte que “os números do negócio de cria bovina refletem um sério problema para toda a pecuária argentina”. Segundo ele, atualmente, produzir um bezerro no país custa 3,7 pesos (US$ 0,97) por quilo e o preço de venda é de 3,4 pesos (US$ 0,89) por quilo. A tendência negativa registrada na pecuária bovina poderia se reverter se fossem estabelecidas condições de promoção da atividade e se acabasse o intervencionismo oficial nos mercados, disse ele.
A reportagem é do Ambito.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.