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ARG: produtores retomam locaute

As organizações de produtores rurais da Argentina iniciaram na última sexta-feira (03) um novo locaute, reivindicando ao governo soluções para o setor, embora as circunstâncias sejam muito diferentes em comparação aos protestos de março a julho. O locaute teve início na manhã de sexta (03) e terminará à meia-noite da próxima quarta (8), segundo a convocação das quatro maiores organizações rurais do país, que representam cerca de 290 mil produtores.

As organizações de produtores rurais da Argentina iniciaram na última sexta-feira (03) um novo locaute, reivindicando ao governo soluções para o setor, embora as circunstâncias sejam muito diferentes em comparação aos protestos de março a julho. O locaute teve início na manhã de sexta (03) e terminará à meia-noite da próxima quarta (8), segundo a convocação das quatro maiores organizações rurais do país, que representam cerca de 290 mil produtores.

Nestes seis dias, os ruralistas não enviarão gado bovino aos mercados e grãos às indústrias e aos portos de exportação, em uma tentativa de pressionar o governo através de uma de suas principais fontes de arrecadação tributária – a venda de matérias-primas ao exterior.

Segundo os produtores, eles pretendem organizar uma marcha até Buenos Aires e se manifestar perante o Congresso. Os agricultores reivindicam uma política nacional que garanta maior rentabilidade e protestam pela falta de uma política agropecuária do governo. Os produtores querem ainda o fim dos impostos sobre a exportação de grãos e ajuda do Estado para comprar máquinas e insumos.

Em resposta, o governo passou a fornecer subsídios para produção de leite e carne e a restituir impostos a pequenos agricultores. Porém, as medidas são consideradas insuficientes pelos agricultores. O locaute representa o retorno dos protestos após trégua conseguida em julho, quando o Parlamento vetou o esquema de impostos móveis às exportações de grãos que havia desencadeado o confronto com o governo.

Apesar de os impostos terem voltado a ser aplicados sob uma taxa fixa desde então, os produtores dizem que sua situação é pior do que a que viviam em março devido ao aumento de custos, a diminuição dos preços internacionais dos grãos e uma seca que muitos consideram a mais severa do último século.

O governo argentino afirmou neste sábado (04) que, “em breve”, lançará um plano agropecuário no qual trabalha “há pouco tempo”, em meio ao segundo dia de locaute promovido pelos produtores rurais. A declaração foi feita pelo secretário de Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentação, Carlos Cheppi, que disse ainda que “não há muito apoio” à medida de força, que durará seis dias e é a quinta realizada pelos produtores rurais neste ano.

Por sua vez, Eduardo Buzzi, presidente da Federação Agrária, uma das entidades que organizaram o protesto, afirmou que o locaute “não vai afetar a sociedade” e garantiu que “não vai além” da próxima quarta-feira.

“Esta ação não pode provocar que as estradas sejam bloqueadas, que faltem alimentos e que haja insegurança”, disse o dirigente, que, em declarações à Radio Mitre, afirmou que o protesto “tem mais a ver com simbolismo do que com afetar a sociedade”.

As informações são da Folha Online, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.

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