Argentina acredita que voltará a exportar carne para a Europa em dezembro

A carne argentina voltará a ser exportada para a Europa a partir de dezembro, segundo uma estimativa feita pelo secretário da Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentação do país, Marcelo Regúnaga. Segundo ele, a expectativa é de que, nos primeiros dias de dezembro, a União Européia (UE) dê uma resposta favorável à entrada da carne argentina neste continente, suspensa desde o reaparecimento da febre aftosa no país.

“Acreditamos que a missão sanitária da UE atuará na Argentina com a mesma seriedade com que fez no Uruguai, e que nos primeiros dias de dezembro teremos uma resposta favorável da missão que visitará nosso país na segunda quinzena de novembro.” Regúnaga destacou que, até agora, não foi registrado nenhum novo foco de aftosa na Argentina no mês de outubro. “As vacinas aplicadas em nossos rebanhos, denominadas de tetravalentes, têm demonstrado sua eficácia e sua utilização é um fato inédito no mundo.”

Frigoríficos

Com relação aos frigoríficos, devido a uma série de medidas especiais tomadas pelo governo argentino para controlar os estabelecimentos que desejam exportar carne para a Europa, cerca da metade daqueles que foram inspecionados pelo governo terão permissão para vender produtos para a UE.

Segundo Regúnaga, a Argentina tem imposto um regime de auto-controle mais rígido do que a UE solicita. “Isso é feito não somente para fornecermos segurança à Europa mas também, para garantirmos que esses problemas sanitários não mais se repitam.”

Quando consultado sobre a qualidade da carne argentina, Regúnaga destacou que a maioria da produção do país é feita a pasto, como requer o consumidor europeu. Somente 10% do total é alimentado com ração. Porém, essa carne é destinada somente ao mercado interno.

Segundo dados oficiais divulgados no dia 30 de setembro havia nesta data 57 focos de aftosa na Argentina, sendo que metade deles era localizada em Buenos Aires. Esta quantidade é significativamente menor do que a época de pico dos focos, alcançado em junho, quando havia no país 1,28 mil focos de aftosa.

Fonte: E-campo, adaptado por Equipe BeefPoint