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Argentina: após anos de restrições, país busca recuperação nas exportações de carne bovina

A indústria de carne bovina da Argentina está buscando recuperar o espaço perdido nas exportações após anos de restrição, que fizeram com que o país perdesse espaço para seus concorrentes da América do Sul. A indústria de carne bovina argentina está tentando recuperar esse espaço, segundo informações do presidente do Instituto de Promoção da Carne Bovina (IPCVA) do país, Gonzalo Alverez Maldonado.

“No momento, estamos consumindo cerca de 93% da produção de carne bovina internamente e exportando 7%, mas queremos voltar à divisão anterior, de 80% interno e 20% exportado”, disse ele na feira de alimentos, Anuga.

Maldonado afirma que o IPCVA determinou uma meta de exportar 400.000 toneladas de carne bovina, um aumento considerável nos dados de exportação com relação a 2011, que ficou em 250.000 toneladas, mas ainda abaixo do recorde de 770.000 toneladas em 2005.

As restrições, impostas pelo Governo para garantir que os preços da carne permanecessem baixos no mercado doméstico, fizeram com que as exportações entre 2009 e 2010 caíssem em 53%. Adicionalmente, Maldonado salienta que a queda também se refletiu na produção, com os números de animais caindo em quase 10 milhões entre 2005 e 2010, para 48 milhões de cabeças.

Vale ressaltar, que o país também investiu em genética, sendo que novas raças e métodos de produção foram introduzidos para criar animais mais eficientes e produtivos, levando a um aumento no nascimento de bezerros e consequentemente na cadeia da carne bovina. Desta forma, Maldonado complementa: “A produção de bovinos caiu, mas agora começou a aumentar novamente. Estamos agora em cerca de 52 milhões de cabeças”.

Outra coisa importante para aumentar as exportações é mudar o consumo doméstico, disse o diretor do IPCVA, Jorg Torelli. “No momento, consumimos cerca de 66 quilos de carne bovina per capita, 42 quilos de frango e apenas 20 quilos de carne suína”. Ele disse que, junto com o aumento da produção de carne bovina, será feito um trabalho para encorajar o aumento do consumo de carne suína, para liberar carne bovina para exportação.

Quando se fala de mercados de exportação, a União Europeia (UE) continua sendo o mercado mais importante em termos de preço, mas China e Rússia oferecem oportunidades para volume, disse Maldonado, e está sendo feito um trabalho para ganhar acesso ao mercado norte-americano, que oferece uma oportunidade para carne bovina de alta qualidade da Argentina.

Fonte: globalmeatnews.com, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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