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Argentina aprova a criação do Instituto de Promoção da Carne Bovina

A Câmara dos Senadores da Argentina aprovou na semana passada, após muito tempo de discussão, o projeto de criação do Instituto de Promoção da Carne Bovina Argentina. O órgão terá como objetivos: a promoção para o aumento do consumo interno de carne bovina; o fomento às exportações de carne e a realização de atividades que contribuam para aumentar a competitividade das empresas do setor pecuário, frigorífico e industrial.

Um dos pontos mais importantes que contempla esta lei é a constituição do Fundo de Promoção da Carne Bovina Argentina, que será a fonte financeira do instituto. Os recursos que alimentarão o fundo foram o ponto mais discutido antes da aprovação final da lei. Em um primeiro momento, foi levantada a hipótese de se arrecadar um peso argentino para cada animal abatido. No entanto, a lei determina que o pecuarista será obrigado a contribuir com um valor equivalente à soma em pesos de até 0,20% do valor médio da rês na região de produção. Além disso, os frigoríficos terão que contribuir com o equivalente a soma em pesos de até 0,09% do valor médio na região do abate.

O instituto será dirigido por uma assembléia que terá representantes dos produtores, da indústria frigorífica e do Estado nacional.

O vice-presidente da Associação de Produtores de Carne Bovina Argentina (Aprocaboa), Cristian Bianchi, não escondeu sua desilusão ao conhecer o corpo da lei. A proposta, que hoje é norma, recebeu o apoio da entidade desde o primeiro momento. O projeto original foi modificado 4 vezes. “Nós propusermos criar este instituto para promover as carnes a nível interno e externo. Durante esse período, muitos obstáculos foram colocados no caminho. Alguns que hoje fazem parte do instituto se opuseram sistematicamente à sua criação.”

Com relação à redução dos recursos destinados à constituição do fundo, Bianchi disse que a eficiência do instituto vai depender da administração do mesmo, de forma que todos os gastos tenham um destino adequado, sem a realização de campanhas de alto custo e de resultados duvidosos, e outros tipos de gastos supérfluos. Apesar do descontentamento, o dirigente disse que esse é o único projeto que os produtores têm em mãos, de forma que a entidade pretende auxiliar em seu fortalecimento.

Fonte: E-campo, adaptado por Equipe BeefPoint

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