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Argentina: carne chega ao mercado com fortes aumentos

Com o fim do protesto do campo na Argentina, os abates de bovinos atingiram níveis recordes. No entanto, os preços dos cortes no varejo estão em níveis altos e as exportações estão paralisadas. Ainda existem vários locais do país com desabastecimento de carne. A carne de frango está em uma situação parecida, com aumentos nos preços neste período de recuperação após o protesto.

Com o fim do protesto do campo na Argentina, os abates de bovinos atingiram níveis recordes. No entanto, os preços dos cortes no varejo estão em níveis altos e as exportações estão paralisadas, de acordo com reportagem do Clarín.

Os preços “oficiais” para os 13 cortes bovinos de consumo popular na Argentina estão hoje inatingíveis após o desabastecimento de carne produzido pelo protesto do campo. Atualmente os cortes podem ficar até 100% mais caros do que o prometido pelo Governo argentino. A normalização no fornecimento de carne está ocorrendo. Dados oficiais de abates mostram que na segunda-feira, o número cresceu para 71.536 cabeças, muito acima da média, de 25 mil cabeças diárias.

Ainda existem vários locais do país com desabastecimento de carne. A carne de frango está em uma situação parecida, com aumentos nos preços neste período de recuperação após o protesto.

Foram comprovados aumentos de até 80% com relação à lista de preços oficiais estabelecida pelo secretário, Guillermo Moreno, e os frigoríficos antes do conflito agrário. Por exemplo, o quilo de assado deveria custar 10 pesos (US$ 3,17), preço que já era difícil de ser atingido antes do protesto. Agora, o corte está custando 18 pesos (US$ 5,70) podendo até chegar a 20 pesos (US$ 6,34) em alguns locais.

Neste contexto, no início da semana seguiam paralisadas nos portos cerca de 600 toneladas de carne que estavam prontas para exportação e que a Aduana ordenou deter na semana passada. O Governo argentino, ao frear as exportações, tentaria forçar os frigoríficos a reduzir os preços da meia-carcaça. A paralisação das exportações tem mais de uma semana e pode se prolongar por vários dias mais, segundo estimaram os operadores.

Desde quando o protesto do campo cessou, a Aduana começou a exigir aos exportadores de carne que apresentem um relatório detalhando, entre outras coisas, seus custos de produção. Os mesmos requerimentos foram feitos aos exportadores de milho e lácteos.

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