Argentina: Carne de Santa Fé terá selo próprio

Os quase sete milhões de cabeças que compõem o estoque de gado bovino da Província argentina de Santa Fé foram incorporados ao programa Carne Argentina de Santa Fé, cujo objetivo é melhorar a cadeia de valor do produto local, o que contou com a aprovação da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentação (SAGPyA).

“A meta é o melhoramento contínuo dos sistemas de produção, transporte e processamento, além de corrigir deficiências e perdas pela falta de qualidade em cada elo”, explicou o secretário da Agricultura de Santa Fé, Oscar Alloatti.

O programa compreende um sistema de garantia de qualidade, rastreabilidade e certificação de toda a cadeia pecuária e é a continuação do programa chamado Carnes de Santa Fé 2000. Seu chamado protocolo de certificação foi aprovado pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), segundo Alloatti.

Uma característica de destaque do programa é que, em seu Conselho de Administração, participam os produtores, as empresas de transporte e as indústrias frigoríficas e curtidoras.

A coordenadora do programa, representando a Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Nacional do Litoral, June Thomas, explicou que “o código de boas práticas indica que a marca (no animal) tem de ser clara e visível, mas colocada no garrão ou na mandíbula, para não diminuir o valor do couro, como ocorre quando se marca a garupa”.

Além disso, segundo destacado no manual, as instalações devem ser adequadas para um manejo seguro, tanto para o animal, como para os funcionários. Para isso, foram capacitados técnicos que trabalharão como assessores dos produtores e empresas que participam do programa, com vistas a superar as auditorias externas.

“Este programa, que combina protocolos de qualidade, com segurança alimentar e rastreabilidade, poderia constituir-se em uma experiência piloto para toda a Argentina”, disse Alloatti.

Fonte: La Nación, adaptado por Equipe BeefPoint