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Argentina: comercialização de genética triplicou

Em uma jornada de atualização técnica ocorrida na 122ª edição Exposição Rural de Palermo, na Argentina, os palestrantes do Foro de Genética Bovina concluíram que há uma grande oportunidade para o país, que pode aumentar exponencialmente a comercialização de genética através de outros reprodutores, embriões e sêmen, tanto no mercado interno, como de exportação.

Em uma jornada de atualização técnica ocorrida na 122ª edição Exposição Rural de Palermo, na Argentina, os palestrantes do Foro de Genética Bovina concluíram que há uma grande oportunidade para o país, que pode aumentar exponencialmente a comercialização de genética através de outros reprodutores, embriões e sêmen, tanto no mercado interno, como de exportação.

Em 2007, a Argentina vendeu mais de 4,4 milhões de doses de sêmen, segundo dados apresentados pelo diretor da Biogenetics Argentina, Mariano Etcheverry. Isso equivaleria a US$ 6,6 milhões, considerando um valor médio de US$ 1,5 por dose.

De 2004 a 2007, o crescimento deste comércio aumentou em 12,5% e, segundo explicou o assessor da Sociedade Rural Argentina (SRA), Daniel Musi, “espera-se que este índice cresça nos próximos anos pelas novas tecnologias de inseminação”. Enquanto que 70% das vacas leiteiras do país são inseminadas, somente 4% das raças de carne têm esse tratamento.

Ocorre que para as raças de carne, os produtores só compram os reprodutores e pagam por eles um bom preço. Um bom reprodutor de gado de corte para melhorar o rebanho geral pode sair entre 7 mil pesos e 10 mil pesos (US$ 2,31 mil e US$ 3,31 mil). Porém, se o touro é ganhador de prêmios e seu destino é um centro de inseminação que logo venderá seu sêmen, os valores podem aumentar até 10 vezes: um grande campeão pode superar os 124 mil pesos (US$ 41,04 mil), enquanto que seu equivalente holandês, para rebanhos leiteiros, custa 80 mil pesos (US$ 26,48 mil).

No entanto, o melhoramento via embriões consegue transferir 100% da informação genética dos pais e não transfere doenças, como a aftosa.

No ano passado, a Argentina produziu 23 mil embriões, dos quais 4,372 mil foram exportados especialmente a um novo destino, a Colômbia, que comprou cerca de 70% do total. Além disso, há mercados tradicionais, como Uruguai, Paraguai e Brasil, que incorporam a genética local, além de novos e potenciais clientes, como Venezuela, Peru, China, Nigéria, Argélia, Rússia, México e Estados Unidos.

Os especialistas estimam que a oportunidade de crescimento é grande. O porta-voz do centro de transferência embrionária Munar & Asociados, Carlos José Munar, disse que a China chegou a pedir 10 mil embriões, mais que o dobro do exportado pelo país inteiro em 2007. No ano passado, a Argentina deixou de importar embriões e triplicou suas exportações com relação a 2006. A reportagem é do On24.com.ar.

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