Os preços da carne bovina voltaram a subir de forma expressiva na Argentina, impulsionados pela expectativa do mercado em relação a uma nova desvalorização do peso.
Nesta sexta-feira (11), o governo anunciou uma forte desvalorização cambial que causou ainda mais inflação nos mercados argentinos.
Segundo levantamento realizado em grandes redes varejistas, cortes populares registraram aumentos que variam de 16% a 36% apenas entre março e a primeira quinzena de abril, informa o El Destape.
ntre os destaques, o quilo de roast beef subiu de 9.759 para 13.300 pesos (36%), enquanto a carnaza comum (carne para cozido, tipo o músculo brasileiro) passou de 7.381 para 10.100 pesos (R$ 50). Outros preços surpreendem: . A média de aumento entre os cortes mais consumidos gira em torno de 30%.
Os cortes bovinos mais consumidos pelos brasileiros — como alcatra (cuadril), patinho (bola de lomo) e coxão mole (nalga) — tiveram aumentos expressivos nas últimas duas semanas. A alcatra subiu 33%, passando de R$62,42 para R$85,86 o quilo. Já o patinho teve alta de 28%, de R$58,26 para R$74,56. O coxão mole (nalga) encareceu 25%, saltando de R$64,46 para R$80,95. Esses cortes, considerados de boa qualidade e usados em bifes e assados, refletem o impacto direto da iminente desvalorização cambial na mesa do argentino
No mês de março, os preços da carne bovina já haviam subido 7,7% em relação a fevereiro, superando com folga o índice oficial de inflação mensal, que foi de 3,7%.
No acumulado de 12 meses, a alta chega a 60,7%, também acima da inflação geral, estimada em 55,9% no mesmo período.
Em março, as regiões mais afetadas incluem áreas da Grande Buenos Aires e da capital, com variações entre 5% e 10%. Estabelecimentos localizados em bairros de renda mais alta aplicaram os maiores reajustes. O frango e o porco, tradicionalmente mais acessíveis, também registraram aumentos, ainda que mais moderados. O preço do frango fresco subiu 4,3% em março, enquanto o peito de porco avançou 3,7%.
Fonte: Forum.