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Argentina e Uruguai limitam entrada de carne brasileira

A Argentina proibiu de forma temporária e por precaução a entrada de carne bovina proveniente do Estado do Mato Grosso do Sul, no Brasil, após a detecção de febre aftosa nesse local.

O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) disse, através de um comunicado, que a medida atinge os animais em pé, os produtos de carnes, miúdos e também, espécies susceptíveis à febre aftosa. A entidade deixou claro que a proibição “não inclui carne bovina fresca maturada e desossada proveniente do resto dos estados brasileiros livres de febre aftosa com vacinação”.

Por outro lado, o Senasa informou que “tem tomado as medidas necessárias para proteger as fronteiras. Os controles nas fronteiras incluem o trânsito vicinal e o controle de passageiros e bagagem”.

Uruguai

O Governo do Uruguai proibiu a entrada de carne bovina e suína do Brasil, postergará a autorização da entrada de gado em pé e redobrará os controles sanitários em todos os postos da fronteira. As medidas foram tomadas após a detecção de um foco de febre aftosa no estado do Mato Grosso do Sul, a 1100 quilômetros ao norte de Artigas.

Voltarão a ser utilizados “rodilúvios” para desinfetar os veículos que entram dos países vizinhos e será particularmente intensa a vigilância da alimentação de suínos na zona fronteiriça.

O vírus detectado no Brasil é do tipo “0”, diferente dos que afetaram o Uruguai em abril de 2001. O diretor de Serviços Pecuários, Francisco Muzzio, disse que “o foco está localizado em uma macro-região diferente da do Cone Sul em que estamos, de forma que não é um risco imediato, sendo manejável se os controles forem aumentados”.

O subsecretário de Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai, Ernesto Agazzi não quis minimizar a ameaça e disse que as doenças não são uma questão nacional, mas sim, uma questão de regiões geográficas. Segundo ele, um foco no Uruguai geraria custos “altíssimos”.

Por isso, a entrada de carne bovina desossada e maturada do Brasil ficará suspensa e não será permitida no momento a entrada de carne com osso, pedido feito anteriormente. “Não há um marco sanitário geral que permita avançar mais. Temos que considerar um alerta laranja. O Governo brasileiro disse que o status sanitário que o Uruguai alcançou é um ativo da região e quer mantê-lo”, disse Agazzi.

Fonte: Associated Press e El Pais, adaptado por Equipe BeefPoint

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