A Argentina espera que em um mês se abra um novo mercado europeu para carne de animais confinados, anunciou o Ministério da Agricultura, ao comunicar que “após cinco anos de gestão, o país está a ponto de ter acesso à cota europeia para carne de alta qualidade produzida em confinamento” mediante a Cota 481 que “abre uma nova oportunidade de mercado de alto valor para a pecuária argentina”.
Esse trâmite, que contempla os ajustes requeridos pela Comissão, é o último passo para a aprovação definitiva do país como fornecedor dessa carne, o que espera-se seja concretizado em aproximadamente um mês. O secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina, Gabriel Delgado, disse que “por se tratar de um negócio de baixo volume, mas de altíssimo valor, esse novo mercado não impactará no consumo dos argentinos; ao contrário, tudo o que sobrar desses animais que não for exportado, na realidade, aumentará o volume (de oferta) no mercado interno”.
O plano argentino propõe integrar inicialmente a Cota com cerca de oito cortes, que implicariam deixar no mercado interno um volume importante de carne proveniente da produção desses animais, que deverão rondar 440 a 480 quilos ao abate.
Entre os requisitos exigidos pela UE para a importação dessa carne destaca-se que deverá proceder de ao menos 100 dias de engorda no curral, com rações nutricionais que garantem a qualidade do produto.
Os cortes procederão de novilhos de menos de 30 meses que, nos 100 dias antes do abate, como mínimo, unicamente tinham sido alimentados com rações constituídas por não menos de 62% de concentrados ou subprodutos de cereais, sobre a matéria-seca, e cujo conteúdo de energia metabolizável seja igual ou superior a 12,26 megajoules por quilo de matéria-seca.
O volume é de 48.200 toneladas distribuídas em quatro trimestres de 12.050 toneladas cada um, de junho a julho, seguindo o calendário agrícola e também, diferentemente da Hilton, essa Cota não tem limitações de cortes.
Comentário BeefPoint: Em 2013, durante a viagem técnica do BeefPoint ao Uruguai, visitamos confinamentos que produziam animais nessa cota e eles afirmaram que era a opção mais rentável para os confinadores do país naquele momento. Uma pena que ainda não temos essa cota aqui no Brasil. Uma oportunidade que os negociadores brasileiros precisam buscar.
Fonte: telam.com.ar., traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.