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Argentina: expectativas para abertura do mercado europeu para as carnes do país

O presidente do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina, Bernardo Cané, viajou esta semana para Bruxelas para apresentar às autoridades sanitárias da União Européia (UE) as garantias adicionais que foram exigidas sobre o plano de erradicação da febre aftosa no país.

Entre terça e quarta-feira da próxima semana, o Comitê Veterinário da UE analisará o caso argentino para decidir a contra ou a favor da reabertura das exportações argentinas de carne. Caso a decisão seja negativa, os prazos para reabertura das exportações se ampliariam em, pelo menos, dois meses. A UE solicitou ao Senasa que fossem apresentados mais informações a respeito da segunda vacinação em todo o rebanho argentino – a qual, segundo a Senasa, já foi concluída – e explicações técnicas sobre a ocorrência de um foco em uma fazenda que tinha sido vacinada contra a doença.

Hoje Cané irá se reunir com os veterinários que realizaram a última inspeção sanitária na Argentina e apresentará a documentação que comprova o final da segunda etapa de vacinação do rebanho e o fim do último foco da doença. Além disso, o presidente do Senasa irá pleitear a possibilidade de se estabelecer zonas de risco isoladas do resto do país, com o objetivo de conservar áreas livres e fornecer garantias adicionais aos mercados, no caso de surgirem novas emergências sanitárias, conforme divulgado em um comunicado do Senasa.

Na Argentina, os setores produtivo e industrial de carnes tem um certo clima pessimista. Segundo um empresário do setor, que pediu para não ter seu nome revelado, “é uma pena que o mercado não esteja aberto, pois com a desvalorização do peso, teríamos tido a possibilidade de exportar um grande volume de produto”.

Desde o aparecimento da febre aftosa na Argentina, em março de 2001, as perdas da indústria frigorífica alcançaram US$ 500 milhões. A cota Hilton, de 28.000 toneladas, que equivaleria a um faturamento aproximado de US$ 250 milhões, está praticamente perdida, devido ao prazo de vigência da mesma.

Fonte: E-campo e La Nación (por Franco Varise), adaptado por Equipe BeefPoint

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