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Argentina: exportações de carne bovina caem 37% e consumo aumenta 14% em 2011

O consumo por habitante de carne bovina da Argentina em janeiro ficou em 60 quilos por ano, aumentando 13,7% em relação ao ano anterior, enquanto as exportações de carne caíram 36,6%, disse a Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados da Argentina (CICCRA), que ainda advertiu que, pelo quarto ano consecutivo, o país não cumprirá a cota Hilton.

O consumo por habitante de carne bovina da Argentina em janeiro ficou em 60 quilos por ano, aumentando 13,7% em relação ao ano anterior, enquanto as exportações de carne caíram 36,6%, disse a Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados da Argentina (CICCRA), que ainda advertiu que, pelo quarto ano consecutivo, o país não cumprirá a cota Hilton. No entanto, o nível de consumo se manteve quase 17% menor do que o nível alcançado em janeiro de 2007, quando chegou a um máximo relativo de 71,9 quilos por ano.

O relatório da CICCRA também disse que os abates de bovinos abriram o ano com um nível de 976 mil cabeças, o que significa uma alta levemente superior a 10% anual; a melhora se deveu em grande medida ao fato de em janeiro de 2011 ter sido estabelecida a pior performance para o período considerado. Apesar dessa recuperação, janeiro de 2012 “foi o sétimo pior primeiro mês do ano para a atividade frigorifica bovina” observado nos últimos 33 anos.

Quanto à participação das fêmeas nos abates totais, em janeiro foi de 39,3%, o que representa uma queda de 0,3 pontos percentuais em comparação interanual, refletindo que o processo de retenção de fêmeas continuou em marcha durante o início do ano. Segundo o relatório, esse registro “voltou a marcar um novo mínimo para o período analisado, considerando os últimos 23 anos”.

Os danos da seca sobre os índices de prenhês poderão ser estimados a partir de final de março e começo de abril. O relatório da CICCRA explicou que uma combinação de seca, falta de forragem e altas temperaturas “atentam contra ao aparecimento do cio nas vacas e ocorreu desde novembro até meados de janeiro, período coincidente com a estação de monta, de forma que pode-se esperar que os toques mostrem menores índices de êxito”.

A CICCRA destacou que a atividade frigorifica bovina em níveis mínimos e uma contração significativa das exportações permitiram que, em janeiro de 2012, o consumo doméstico crescesse quase 15% anual.

Ao contrário, as exportações de carne tiveram uma queda de 36,6%. No total, foram exportadas 13.782 toneladas de carcaça com osso; sua participação na produção total diminuiu em 4,5% nos últimos doze meses, ficando em apenas 6,3%.  “Somente no começo de 2002 foi registrado um número menor (4,2%), que foi explicado pela paralisia que desatou a complexa transição política e econômica atravessada pela Argentina”.

As exportações de carne congelada e fresca extra Hilton também apresentaram uma contração de 31,4% anual e a queda se elevou para 62,4% em comparação com janeiro de 2008. “A participação desses cortes nas exportações totais caiu de 40,5% para 36,8% nos últimos doze meses. Esse nível de exportações ratifica que pelo quarto ano consecutivo não ser cumprirá a cota Hilton, que continua se concentrando em cada vez menos empresas”.

Em janeiro, foram exportadas 1.649 toneladas peso produto de cortes Hilton à União Europeia (UE), volume que foi 28,7% inferior ao alcançado em janeiro de 2011; a importância relativa desses cortes no total também caiu, de 9,7% em janeiro de 2011 para 9,2% no primeiro mês desse ano.

A reportagem é do Infocampo, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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