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Argentina: exportações de carne bovina caem no 1S12 e Chile e Israel ocupam mercado europeu

Hoje, Chile e Israel substituíram a Rússia como o principal destino de integração das exportações como complemento das vendas de cortes de alto valor com destino à UE. Os cortes do quarto dianteiro estão cotados nos mercados do Chile de Israel acima de US$ 6.000 a tonelada, enquanto que na Rússia estão em US$ 4.000.

As exportações argentinas de carne bovina em junho de 2012 caíram 38,3% com relação às vendas de junho de 2011, considerando os volumes exportados em toneladas de peso produto (não incluindo miúdos e vísceras). O volume total exportado em junho de cortes resfriados, congelados e carne processada totalizaram 8.048 toneladas peso produto, por um valor de aproximadamente US$ 70 milhões. Esse valor foi 34,8% menor do que as vendas do mesmo mês de 2011 (US$ 107 milhões).

O Chile foi o principal destino, em volume, da carne bovina argentina durante os primeiros seis meses de 2012, com aproximadamente 12,7 mil toneladas, seguido por Israel, com 12 mil toneladas; Alemanha, com 11,8 mil toneladas. Em valor, o principal mercado nos primeiros seis meses do ano foi Alemanha, com 31,3% do total, seguida por Israel (14,9%) e Chile (14,9%).

Comparando-se as exportações dos primeiros seis meses do ano de 2012 com o mesmo período de 2011, houve tendência de baixa dos volumes exportados. Só mostraram um volume superior durante os seis primeiros meses do ano com relação a 2011 o Chile (+63%) e o Brasil (+2%). As quedas mais significativas ocorreram para Estados Unidos (-95%), Marrocos (-92%), Rússia (-48%) e Venezuela (-45%).

Entre os países da União Europeia (UE), observaram-se durante os primeiros seis meses de 2012 volumes moderadamente inferiores aos do mesmo período de 2011 na Alemanha (-13,3%). As quedas foram significativas nos casos dos Países Baixos (-38,1%) e Itália (-46,3%). Durante os primeiros seis meses desse ano, o mercado de Israel mostrou um volume moderadamente inferior (-13,1%) com relação ao registrado no mesmo período de 2011.

A ausência do Paraguai no mercado chileno devido aos focos de febre aftosa acontecidos no último trimestre de 2011 motivou o forte crescimento das vendas de carne argentina a esse destino. No primeiro semestre de 2011, o Paraguai tinha exportado ao Chile mais de 32 mil toneladas, acima das 8 mil toneladas da Argentina e do Brasil e das 4 mil toneladas do Uruguai. Nos primeiros seis meses de 2012, as exportações de carne bovina brasileira ao Chile aumentaram para 23 mil toneladas, sendo agora o principal abastecedor de carne bovina a esse país. Também cresceram as exportações uruguaias que chegaram nos primeiros seis meses do ano a 9 mil toneladas.

Analisando-se o tipo de mercadoria exportada em junho de 2012, observa-se que, com relação ao mês anterior, houve uma tendência de baixa nos volumes exportados de carne resfriada (-44%) e um aumento moderado dos volumes exportados de carne congelada sem osso (+13%). Houve uma queda em junho com relação a maio nas vendas de carne processada e conservas.

Hoje, Chile e Israel substituíram a Rússia como o principal destino de integração das exportações como complemento das vendas de cortes de alto valor com destino à UE. Os cortes do quarto dianteiro estão cotados nos mercados do Chile de Israel acima de US$ 6.000 a tonelada, enquanto que na Rússia estão em US$ 4.000. Em um contexto de oferta escassa, os exportadores despacham preferencialmente com destino à Israel ou Chile, ficando a Rússia como uma segunda opção na oferta de exportar cortes de quarto dianteiro. 

Dos aproximadamente US$ 70 milhões que foram gerados pelas exportações de carne bovina em junho de 2012, 60% se originaram de cortes resfriados sem osso, posição que inclui produtos de maior valor, entre eles, os cortes Hilton. Os cortes congelados forneceram mais de 33% das divisas geradas, ficando com o restante as carnes processadas.

O volume acumulado de exportações de carne bovina, tanto resfriada como congelada e processada, está em cerca de 60 mil toneladas peso produto. Utilizando os fatores de conversão a toneladas carcaça, que normalmente o Ministério da Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentos do país usa, foram exportados durante o período de janeiro a junho cerca de 93 mil toneladas equivalentes carcaça com osso. Entre janeiro e junho de 2012, o país teve divisas de cerca de US$ 530 milhões por exportações de carne bovina e um valor de cerca de US$ 122 milhões pelas exportações de miúdos e vísceras. Projetando o desempenho observado ao longo dos primeiros seis meses de 2012, as exportações anuais de carne bovina ficaram em 200 mil toneladas equivalente carcaça com osso.

Fonte: Relatório elaborado pelo Instituto de Promoção da Carne Bovina Argentina (IPCVA) – julho de 2012, traduzido e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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