As exportações de carne bovina da Argentina em 2003 estão projetadas para atingir o volume de 360 mil toneladas, que é significativamente maior do que nos dois anos anteriores. Os dois principais fatores que darão suporte a este aumento são a reabertura de muitos mercados depois da crise gerada pelo reaparecimento de febre aftosa no país em 2002 e a forte desvalorização do peso argentino no início de 2002, que tem melhorado a competitividade do setor nos mercados mundiais, de acordo com um relatório elaborado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Após ter conseguido controlar a febre aftosa com sucesso em janeiro de 2002, 49 países já retomaram as importações de carne bovina fresca da Argentina. Os exportadores argentinos estão esperando que a maioria 1dos mercados que permanecem fechados para suas carnes reabra – antes da crise da aftosa, em março de 2001, a Argentina comercializava este produto com mais de 70 mercados – na segunda metade de 2002 ou durante 2003.
Segundo o relatório, este é um fator chave para a indústria uma vez que, além do fato de ter capacidade de exportar mais carne bovina, permitirá que a indústria faça um uso mais eficiente dos diferentes cortes. Importantes mercados, como o da União Européia (UE), do Brasil e de Israel já abriram no início de 2002, enquanto mercados como EUA, Canadá e Chile continuam fechados.
O Chile, um mercado chave para a Argentina devido ao volume e os tipos de corte demandados, deverá retomar as importações de carne bovina argentina antes do final de 2002. O país vizinho foi o principal mercado de exportação em volume de carne bovina fresca e congelada da Argentina em 1999 e 2000, sendo responsável por 25% e 20%, respectivamente, das exportações totais destes produtos.
Com a desvalorização do peso, as importações deverão declinar consideravelmente. A Argentina, antes da desvalorização, importava dos EUA cerca de 2,6 mil toneladas de pâncreas bovino por ano, no valor de aproximadamente US$ 4 milhões. No entanto, em janeiro de 2002 a Argentina aprovou uma nova resolução sanitária proibindo as importações deste tipo de carne devido ao risco da doença da “vaca louca” (encefalopatia espongiforme bovina – EEB).
Fonte: AgricultureLaw.com, adaptado por Equipe BeefPoint