Argentina exportou só 26% da cota Hilton em 8 meses

Os primeiros oito meses do ano comercial de 2009/10 (julho de 2009 a fevereiro de 2010), as exportações argentinas de cortes Hilton com destino à União Europeia (UE-27) foram de apenas 7.365 toneladas, segundo dados oficiais do Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa).

Isso quer dizer que, em 66% do prazo designado para cumprir com a cota do ciclo de 2009/10 foram exportadas 26% da cota. Entre março e julho de 2010, o país deverá enviar as 20.635 toneladas restantes da cota ainda que, no atual cenário, a possibilidade do não cumprimento desse envio seja muito elevada.

O Governo argentino já distribuiu de maneira direta 40% da cota Hilton 2009/10 (um total de 11.200 toneladas, das quais 34% foram designadas a quatro grupos frigoríficos). O problema é que, quando faltam apenas quatro meses para a finalização do ciclo, os 60% restantes da cota (16.800 toneladas) ainda não foram distribuídos.

Em 5 de fevereiro, a Oficina Nacional de Controle Comercial Agropecuário (ONCCA) indicou que “em um prazo que se estima não maior do que 30 dias”, realizaria a distribuição definitiva da cota remanescente de 2009/10, não distribuída de forma direta (16.800 toneladas de um total de 28.000 toneladas). Depois, o prazo foi estendido para 19 de março. Finalmente, por ordem do secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, o anúncio da distribuição dos 60% restantes da cota foi congelado até novo aviso.

Embora não haja oferta abundante da categoria requerida para elaborar os cortes Hilton (novilho pesado), os preços dessa categoria começaram a cair a partir do fechamento das exportações de carne realizado por Moreno desde 13 de março.

A reportagem é do Infocampo, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.