De acordo com dados da Cafrisa, nos primeiros sete meses do ano, a quantidade de gado abatido foi de 6,157 milhões de cabeças, 13% a menos com relação ao mesmo período de 2010.
O presidente da Câmara da Indústria e Comércio de Carne da Argentina (CICCRA), Miguel Schiaritti, estimou que o fechamento de plantas frigoríficas continuará enquanto muitas empresas continuarem readequando a situação visando o consumo interno.
“Acreditamos que a indústria não tenha apoio suficiente para suportar a crise que se desatou há muitos anos e que continuará fechando suas portas. Esse processo de adequação à nova situação do mercado lamentavelmente continuará. Segundo as câmaras frigoríficas de Córdoba, em dois anos se fecharão mais de 100 plantas e esse dado é alarmante, mas é parte da realidade. Ainda nos restam cerca de sete anos a mais de crise”, disse ele.
Segundo dados da Câmara de Frigoríficos de Santa Fé (Cafrisa), de 456 frigoríficos que tinham em atividade em 2010, agora só restaram 353.
“Essa é uma fase terminal. Se continuarmos com a queda nas vendas e a menor quantidade de abates, a situação será insustentável, inclusive, para pagar os salários dos trabalhadores. Esperamos que definitivamente se possa dialogar com o Governo já que, até o momento, não pudemos fazer isso, porque o único canal de dialogo é o Secretário de Comércio, Guillermo Moreno, que é responsável pelo limite das exportações de carne”, disse o presidente da Cafrisa, Alejandro Zegna.
Ele disse que a queda no consumo obedece à escassa oferta de gado, que provoca a queda dos abates e o aumento dos preços. O consumo médio dos primeiros oito meses do ano ficou em 53 quilos anuais por habitante e retrocedeu em 23,3% em comparação com o mesmo período de 2009. Com relação às exportações, a queda chega a quase 60% com relação a dois anos atrás.
De acordo com dados da Cafrisa, nos primeiros sete meses do ano, a quantidade de gado abatido foi de 6,157 milhões de cabeças, 13% a menos com relação ao mesmo período de 2010.
Fonte: site argentino Infocampo, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Intervenções populistas do governo no mercado tem resultado numa tragédia para o setor.