O jogo duro do governo argentino, que proibiu exportações de carne, fez com que abatedouros do país dessem férias coletivas para boa parte dos funcionários. Mesmo as operações que estavam livres do veto, não estão sendo realizadas (embarques na cota Hilton e vendas acertadas antes da proibição).
O endurecimento da postura oficial ocorreu no fim de semana. No sábado, cerca de 100 contêineres com carne congelada que seriam enviados para a Europa foram retirados de um navio prestes a zarpar por ordem da alfândega argentina. O objetivo da operação seria checar se a documentação da carga estava em ordem. Os embarques que seriam efetuados nos dias posteriores também não ocorreram.
Um dos afetados pela proibição foi o frigorífico Swift, o maior exportador de carne local, adquirido pelo brasileiro Friboi em 2005. A empresa informou que deu férias coletivas para 735 de seus 2,5 mil funcionários.
Segundo o principal executivo da Swift e presidente do Consórcio de Exportadores de Carne, Carlos Oliva Funes, o total de trabalhadores do setor em férias coletivas ou licença chega a 5 mil. “As fábricas estão praticamente paradas. E ainda não sabemos como vamos lidar com as exportações”, disse Funes em entrevista a uma rádio local. As informações são de Paulo Braga para o Valor.
0 Comments
Esse foi o jeito mais fácil, porém mais infeliz de um presidente tentar segurar a inflação de seu país. Enquanto o preço da carne cai, o número de desempregados aumenta, esses que com certeza não terão dinheiro e para reduzir seus gastos terão que cortar a carne de seus cardápios. Tomara que o Brasil não vá para o mesmo caminho.