O Ministério da Produção da Argentina, através do secretário da Agricultura, Haroldo Lebed, firmou na quinta-feira com seu par no Paraguai, Darío Baumarten, o “Anteprojeto Regional Argentino-Paraguaio para a Prevenção e Controle da Febre Aftosa”, na cidade de Asunción.
A medida, assinada na quarta-feira à noite, foi adotada após intensas reuniões que as autoridades sanitárias de ambos os países fizeram, devido ao ressurgimento do vírus da febre aftosa que ocorreu no Paraguai, que coloca em risco a região de fronteira com a Argentina, em especial os 400 quilômetros de fronteira seca de Formosa.
Entre as estratégias que o acordo argentino-paraguaio estabelece estão a caracterização regional (mediante levantamentos cadastrais e definições pecuárias); a vigilância epidemiológica, a atenção conjunta de suspeitas, a identificação e controle de movimentos de animais (mantendo os fluxos de movimentos), a vacinação regional (utilizando estratégias comuns à zona estabelecida) e a educação sanitária (elaborando um Programa conjunto de capacitação para os agentes sanitários da região).
Sobre o tema, o Lebed explicou que, como diz o projeto, “o objetivo é obter um programa de vigilância epidemiológica eficaz, com o fim de conhecer irrefutavelmente a dinâmica populacional do ecossistema produtivo que apresenta o sistema charqueano, de características únicas no mundo”.
Com relação ao fechamento de um acordo bilateral, Lebed destacou que “a vontade do governo do presidente Eduardo Duhalde é apoiar o país vizinha nesta contingência sanitária, mas mantendo como padrão a sanidade do rebanho bovino nacional”.
A rapidez com que se chegou a este acordo teve relação direta com as reclamações insistentes realizadas pelo governador de Formosa, Gildo Insfrán, para que não fossem fechadas as fronteiras com o Paraguai, para impedir o isolamento da província e o trafico ilegal de bovinos, devido à forte queda que ocorreu nos preços do gado paraguaio.
Segundo informações difundidas pela Secretaria da Agricultura do Paraguai, Darío Baumarten, o fechamento do Anteprojeto Conjunto “é um passo na direção correta que estamos tomando, ambos os países, dentro do que tínhamos estabelecido há alguns dias”.
Neste contexto, o secretário paraguaio disse que tinha feito um acordo de “gerar um diálogo e um trabalho conjunto” com a Argentina para lutar contra este “inimigo comum que é a febre aftosa, que causa tantos danos à nossa produção pecuária e ao comércio da carne”.
Lebed, por sua vez, agregou que é “absolutamente necessária a cooperação entre ambos os países com o desenvolvimento conjunto de estratégias sanitárias. Esta atitude permitirá alcançar o planejado que é nada menos que o controle da aftosa na fronteira. Outro objetivo do projeto é fortalecer o Sistema de Comunicação de fronteira entre os Serviços Veterinários Oficiais a nível local”.
Fonte: DyN, publicado em La Nación, adaptado por Equipe BeefPoint