Notícia do Estadão/Agronegócios informou que o presidente da Confederação Rural da Argentina (CRA), Mario Llambias, acusou o Governo argentino de pressionar supermercados e frigoríficos para ficarem fora do mercado de Liniers na sexta-feira passada. Das cerca de 12,5 mil cabeças de gado que entraram no Liniers, o maior mercado físico da Argentina e da América do Sul e onde se formam os preços de referência no país, apenas seis foram vendidas.
O objetivo seria manter o mercado cheio de animais para evitar um desabastecimento de carne com a articulação para paralisação dos produtores rurais argentinos. Uma interrupção no fornecimento poderia elevar os preços junto aos consumidores e complicar os esforços para controlar a inflação no setor de alimentos.
“Ninguém fez qualquer oferta de compra”, disse Llambias. “É um fato sem qualquer precedente”, afirmou o presidente da CRA. Traders e outros membros da indústria da carne também relataram jamais ter visto algo semelhante na história do Liniers.
A CRA convocou uma paralisação, prevista para durar quatro dias, a fim de protestar contra a política agrícola do governo. “Nós podemos dizer que a greve já foi um sucesso se levou o Governo a agir dessa forma”, disse o presidente da CRA.