Assim como o Brasil, a Argentina também enfrenta problema com as exportações. Os russos seguem pressionando os frigoríficos exportadores pela renegociação de preços e os importadores europeus começam a dar indícios de que também irão tentar rever os valores das cargas a serem embarcadas. Com isso, diz Jorge Torelli, diretor geral da Mattievitch, dona do terceiro maior abate de bovinos do país, eles têm evitado fechar novos contratos.
Assim como o Brasil, a Argentina também enfrenta problema com as exportações. Os russos seguem pressionando os frigoríficos exportadores pela renegociação de preços e os importadores europeus começam a dar indícios de que também irão tentar rever os valores das cargas a serem embarcadas. Com isso, diz Jorge Torelli, diretor geral da Mattievitch, dona do terceiro maior abate de bovinos do país, eles têm evitado fechar novos contratos.
A crise financeira global deve reduzir o consumo de na Europa e é a justificativa dos europeus para tentar derrubar preços. Afora isso, a burocracia do governo argentino – que restringe as exportações – também atrasa a chegada do produto na Europa. Segundo Torelli, com essa oscilação não se sabe a que preço fechar novos contratos. Os russos, que enfrentam falta de crédito para importar, pedem 35% de desconto no trimming argentino (retalho de carne), que antes da crise custava US 3,4 mil por tonelada.
Assim fica difícil traçar um cenário futuro para o setor de carne da Argentina. O governo restringe as exportações a 550 mil toneladas por ano para garantir a demanda doméstica e inflação baixa no pais. Se a crise afetar a demanda externa, haverá mais carne no mercado doméstico, que já tem o maior consumo per capita do mundo (70 quilos por ano) e possivelmente causar queda de preços.
Mas, ao mesmo tempo, a expectativa é de que a oferta de gado para abate diminua em 2009, já que houve descarte de matrizes nos últimos dois anos, observa Carlos Vuegen, diretor geral do Instituto de Promoção da Carne Bovina do país. Além disso, o rebanho bovino argentino, hoje em 56 milhões de cabeças, também foi afetado pela seca. Dois fatores para a elevação dos preços.
Para ele, no curto prazo a crise financeira internacional deve gerar queda na demanda externa e nos preços. Porém, “no longo prazo o potencial para a carne é forte porque só os países do Mercosul tem capacidade de atender à demanda”.
A matéria é de Alda do Amaral Rocha, publicada no jornal Valor econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Na nossa região os preços continuam firmes devido a grande seca que resiste, os vales do Mucuri, rio Doce e Baixo jeqquitionha.
Boi R$ 88,00 e vaca R$ 73,00 mercado comun. Sem distinção, de acordo com informação de compradores de frigorificos locais.