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Argentina: intervenção do governo prejudica Liniers

A tentativa de intervenção do governo argentino nos preços negociados dos bovinos, com vistas a controlar a inflação, derrubou a movimentação de negócios no mercado de Liniers. Os problemas começaram em novembro passado, quando uma lista de "sugestão" de preços máximos para o quilo do animal vivo passou a circular entre os negociantes do mercado de Liniers.

De acordo com matéria do jornal Valor Econômico, por Janes Rocha, a tentativa de intervenção do governo argentino nos preços negociados dos bovinos, com vistas a controlar a inflação, derrubou a movimentação de negócios no mercado de Liniers.

Os problemas começaram em novembro passado, quando uma lista de “sugestão” de preços máximos para o quilo do animal vivo passou a circular entre os negociantes do mercado de Liniers. A lista é apócrifa, mas todos sabem de onde vem: da Secretaria de Comércio, ligada ao Ministério da Economia.

Por aquela lista, por exemplo, o quilo do novilho vivo (de 431 a 460 quilos) não pode passar de 2,55 pesos – o equivalente a US$ 0,85. No entanto, na negociação direta entre produtores e frigoríficos ou nas feiras municipais espalhadas pelo país, o novilho vem sendo negociado entre 2,60 pesos e 2,90 pesos o quilo, bem acima do preço praticado em Liniers.

Com a interferência na formação de preços no recinto do Mercado, os pecuaristas, frigoríficos, redes de varejo e intermediários passaram a fazer negócios fora. O resultado foi que o movimento de gado em Liniers caiu de cerca de 20 mil cabeças diárias para apenas 6,5 mil a 7 mil por dia, e o mercado deixou de ser referência para os negócios do setor. No auge de comercialização, no início dos anos 80, chegaram a entrar 36 mil cabeças diárias, que é o número de animais que o parque pode receber.

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