Proibir a exportação de gado vivo é a nova estratégia do presidente argentino Nestor Kirchner para conter a inflação com a redução dos preços da carne bovina no mercado interno. Os produtores, furiosos, realizaram protestos em diversas cidades.
Para completar, a ministra da Economia, Felisa Miceli, anunciou na sexta-feira um reforço na fiscalização nas exportações acertadas antes da proibição. Há desconfiança que frigoríficos conseguiram que os bancos preparassem cartas de crédito sem datas predeterminadas, para ajudá-los a continuar exportando.
Segundo ela, com a suspensão das vendas ao exterior, deveriam ser redirecionadas ao mercado interno mais de 500 mil toneladas de carne por ano. Isso equivale a 20% da oferta no mercado argentino no ano passado, de acordo com reportagem de Ariel Palácios para o Estado de S. Paulo. Nos últimos quatro anos o preço da carne aumentou 168% na Argentina, enquanto a inflação chegou a 75%.
Na semana passada, o jornal argentino Clarin publicou uma notícia afirmando que o Governo argentino tentou impedir as exportações de 18 mil animais para o Egito. A idéia era enviá-los na semana passada mas, a pedido oficial, o embarque não foi concretizado.