Argentina: maior exportação não significa preço maior

O presidente do Instituto de Promoção da Carne Bovina Argentina (IPCVA), Dardo Chiesa, disse que o conflito entre o campo e o Governo nacional está levando os argentinos a uma "encruzilhada, onde se trava o consumo" e assegurou que tem dados para demonstrar que maior exportação não significa maiores preços.

O presidente do Instituto de Promoção da Carne Bovina Argentina (IPCVA), Dardo Chiesa, disse que o conflito entre o campo e o Governo nacional está levando os argentinos a uma “encruzilhada, onde se trava o consumo” e assegurou que tem dados para demonstrar que maior exportação não significa maiores preços.

Chiesa disse que mais exportações não significam maiores preços no mercado interno, mas sim, mais investimentos, mais empregos e crescimento do país como um todo.

“Sabemos quais cortes são consumidos pelos níveis de baixo poder aquisitivo, de forma que quando falamos de gerar uma estratégia, falamos para exportar o que não são consumidos a altos preços e que esses subsidiem os que são consumidos a preços mais baixos, sem necessidade de subsídios do Governo de nenhum tipo”.

Chiesa destacou que as informações são geradas através de pesquisas realizadas “há três anos” e disse que tudo isso está à disposição e é informação pública. Ele se mostrou descontente com a falta de atenção do Governo aos dados do instituto, dizendo que essas informações deveriam ser usadas pelas entidades na hora de negociar.

No conflito enfrentado pela Mesa de Enlace e a administração de Cristina Kirchner, Chiesa considerou que existe “uma guerra doutrinária e ideológica” e reclamou que sejam tomadas decisões “com base científica”.

O IPCVA é formado por quatro entidades de produção: Confederações Rurais Argentinas (CRA), Federação Agrária Argentina (FAA), Coninagro e Sociedade Rural Argentina (SRA), hoje conhecidas como Mesa de Enlace.

Chiesa é delegado da CRA e ocupa a presidência em nome das entidades agropecuárias, enquanto que a vice-presidência está nas mãos dos frigoríficos e o Governo está presente através da Secretaria de Agricultura. O Instituto é financiado com aporte privado: “por cada animal que vá para o abate, o produtor paga 1,20 pesos (US$ 0,39); e por cada animal que é abatido, o frigorífico paga 0,60 peso (US$ 0,19). Obtemos um fundo de 22 ou 23 milhões de pesos (US$ 7,25 ou 7,58 milhões) para gerar atividades”. A reportagem é do El Diário, de Entre Ríos, publicada no site E-campo.

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