O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) promoveu modificações nas normas estabelecidas para este ano para aprofundar os controles sanitários evitando os riscos de reaparecimento do vírus nos rebanhos do país.
Além disso, a entidade modificou favoravelmente as disposições que impossibilitavam o movimento de animais destinados a exposições e flexibilizou o tema relacionado às concentrações de animais, que, antes desta nova regulamentação, tinha normas mais rígidas que impediram, por exemplo, a realização de várias exposições pecuárias no ano passado, incluindo a tradicional Exposição Rural de Palermo, que teve que ser postergada do final de julho até setembro do ano passado.
Essas alterações foram divulgadas pelo presidente do Senasa, Bernardo Cané, mediante as resoluções 413 e 414/2002, que já entraram em vigor.
As mudanças introduzidas nas normas anteriores estabelecem que, durante os meses de vacinação antiaftosa aos bovinos, será proibida a movimentação dos animais das propriedades que não tenham sido totalmente vacinados. No entanto, excetuam-se desta regra os animais destinados ao abate imediato, desde que não tenha se excedido o prazo de 180 dias da última vacinação contra o vírus.
Os pecuaristas, que tenham várias propriedades, deverão vacinar a totalidade dos rebanhos para poder ter um registro correspondente, entregue pela autoridade sanitária competente, que autoriza o movimento e transferência nas propriedades.
O Senasa também fixou um prazo de espera de 10 dias, após a aplicação das doses de vacina contra a aftosa, para autorizar o movimento de animais, com exceção dos destinados ao abate imediato, assim como dos animais localizados na região da Patagônia, declarada livre de aftosa, sem vacinação.
Com relação às modificações das normas introduzidas pelo Senasa para autorizar concentrações de bovinos e realização de exposições pecuárias, as novas medidas indicam que deverão ser ampliadas as medidas de prevenção nos prédios, a fim de evitar o reaparecimento de eventuais focos da doença, apesar disso não impedir a comercialização normal dos animais.
O Senasa deixa claro, no entanto, que, no caso de não ser cumprido o reforço exigido para os controles sanitários, não serão permitidas realizações de concentrações de animais, devido ao fato de, com quase a totalidade do rebanho bovino argentino vacinado na primeira etapa anual de vacinação, o Senasa quer avançar neste sentido para melhorar cada vez mais as condições sanitárias do país.
Fonte: El Diario – Entre Ríos, adaptado por Equipe BeefPoint