O projeto oficial para modificar os critérios de distribuição da cota Hilton da Argentina, que no ano passado pretendia distribuir essa cota somente a frigoríficos de capital nacional, foi modificado para permitir agora a participação de empresas estrangeiras. Isso ocorreu a partir de uma "sugestão" da Chancelaria argentina para evitar algum potencial conflito com os tratados bilaterais de investimentos que o país tem com os Estados Unidos.
O projeto oficial para modificar os critérios de distribuição da cota Hilton da Argentina, que no ano passado pretendia distribuir essa cota somente a frigoríficos de capital nacional, foi modificado para permitir agora a participação de empresas estrangeiras. Isso ocorreu a partir de uma “sugestão” da Chancelaria argentina para evitar algum potencial conflito com os tratados bilaterais de investimentos que o país tem com os Estados Unidos.
“A Argentina possui atualmente cerca de 54 tratados bilaterais e com o projeto original (de redistribuição da cota Hilton), o com os EUA poderia entrar em contradição”, disse ao Infocampo o deputado nacional e autor do projeto de lei, Alberto Cantero Gutiérrez.
De qualquer forma, como o projeto reformulado, Gutiérrez garantiu que se busca obter uma distribuição equilibrada entre todas as pequenas e médias empresas, para manter a renda do negócio corretamente distribuída.
Um dos principais frigoríficos exportadores argentino – Finexcor – está nas mãos da companhia norte-americana Cargill, que também comprou este ano do grupo Vicentín a planta que o frigorífico Friar tem em Reconquista. Além disso, outra companhia norte-americana, Tyson Foods, controla a empresa local Exportaciones Agroindustriales Argentinas (ex Carnes Pampeanas).
A princípio, o projeto original de Gutiérrez indicava que uma das condições para que o frigorífico fosse selecionado para receber a cota era “ser empresa local de capital nacional” nos termos de pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas no país “que sejam proprietárias direta ou indiretamente de não menos de 51% do capital”. Porém, esse requisito foi eliminado do projeto apresentado este ano na Câmara de Deputados.