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Argentina: negociações sobre preços não chegam a um acordo

O Governo da Argentina não conseguiu obter o apoio de toda a cadeia de comercialização de carne bovina para manter os preços nos níveis da segunda semana de agosto, mas as negociações continuarão na próxima semana.

O secretário da Agricultura do país, Miguel Campos, e o vice-secretário de Política Econômica, Sebastián Katz, mantiveram uma extensa negociação com empresários do setor, mas não chegaram a um acordo. A negociação, que consistiria que os empresários do setor de carnes da Argentina se inscrevessem voluntariamente no convênio de redução de preços da carne, será novamente discutida na próxima terça-feira, quando a Economia entregará às câmaras empresariais um esboço sobre o futuro acordo que o Governo argentino quer fechar para frear os aumentos da carne no varejo.

O porta-voz do Ministério da Economia, Armando Torres, disse que “foi uma boa reunião”. Ele disse que a Economia busca um “compromisso solidário (dos empresários) com a única parte que não estava presente na reunião, que é o consumidor”.

Segundo ele, houve avanço na redação de um documento que conterá as características de um eventual acordo para manter o valor a média rês nos termos que se negociava na segunda quinzena de agosto. “Em geral, existe uma predisposição muito boa dos empresários e, assim que eles analisarem este documento no início da semana que vem, haverá outra reunião”.

Por outro lado, o diretor executivo da Associação da Indústria Argentina de Carnes, Héctor Salamanco, disse que, apesar de não ter havido um acordo, “a proposta do Ministério da Economia foi positiva”. Ele disse que o acordo proposto pelo Governo é totalmente voluntário por parte do setor empresarial e deixou claro que não se busca fazer um controle de preços.

“O Ministério da Economia busca uma fórmula para um acordo de preços, de forma que em momentos de picos de volatilidade o acordo seja cumprido, mantendo os preços da segunda quinzena de agosto como base”, disse Salamanco. “Isso permitirá que cada uma das empresas, em função de sua própria cesta de exportação, aplique sua própria disciplina de preços”.

Salamanco disse que seu setor saiu satisfeito da reunião e que o Ministério da Economia se comprometeu a oferecer a todos os integrantes da cadeia de comercialização de carnes “um esboço adequado da proposta”.

As negociações envolvem toda a cadeia de comercialização de carnes da Argentina, incluindo os supermercados.

Fonte: Infobae, adaptado por Equipe BeefPoint

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