De acordo com um estudo apresentado pelas Confederações Rurais Argentinas (CRA), o país deverá importar carne a partir de 2011 devido "à má política implementada pelo Governo nacional a partir de 2006".
De acordo com um estudo apresentado pelas Confederações Rurais Argentinas (CRA), o país deverá importar carne a partir de 2011 devido “à má política implementada pelo Governo nacional a partir de 2006”.
As conclusões mais importantes do estudo da CRA são sobre as perdas que o país sofreu nos últimos três anos, estimada em 14,536 bilhões de pesos (US$ 3,91 bilhões) “devido à má política pecuária”. A outra conclusão é que, seguindo com os mesmos parâmetros até 2011, “haverá necessidade de importar carne”.
O estudo diz que as medidas do Governo, como a imposição do peso mínimo, o controle das exportações e a constante intervenção do mercado interno, produziram um efeito contrário, já que, ao incentivar a produção de novilhos leves, ocorreu uma queda na produção de carne, cuja falta teve que ser coberta por um aumento nos abates de fêmeas. “Essa ação trouxe consigo três efeitos de perdas concretas; o primeiro, uma diminuição na produção de carne proveniente de machos; o segundo, ao ter que aumentar o abate de fêmeas, um aumento no abate de futuras matrizes; e o terceiro, ao ter que abater futuras matrizes, uma perda na capacidade de reposição das vacas velhas de descarte, incentivando uma menor produção de bezerros”.
No primeiro ponto, os pecuaristas dizem que a queda ocorreu devido à imposição de peso mínimo, provocando uma queda na produção de carne, avaliada em 5,762 bilhões de pesos (US$ 1,55 bilhões).
Os membros da CRA dizem que a chave para que a pecuária de um país cresça é a produção de carne proveniente do abate de machos e de 20% de vacas de descarte. Dessa forma, se cobriria a reposição desses 20% com futuras mães, ficando ainda uma sobra que possibilite o crescimento nas mães. Pelo limite de peso, o país deixou de produzir 724 mil toneladas de carne de novilho.
O abate de fêmeas levou a uma perda estimada em 6,242 bilhões de pesos (US$ 1,68 bilhões) nos últimos três anos. “A não reposição das vacas de descarte leva a uma perda na produção de bezerros. O dinheiro perdido por essa ação desde 2006 é de 2,502 bilhões de pesos (US$ 673,97 milhões)”.
A reportagem é do Infocarne, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.