A produção de carne bovina da Argentina baixou em 21,8% nos primeiros nove meses desse ano com relação ao mesmo período de 2009, para 1,98 milhão de toneladas, segundo um relatório divulgado pela Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados (CICCRA). O peso dessa queda recaiu no mercado externo, com uma diminuição nas exportações de 48,4% em termos anuais e no consumo doméstico, que retrocedeu em 15,7%.
A produção de carne bovina da Argentina baixou em 21,8% nos primeiros nove meses desse ano com relação ao mesmo período de 2009, para 1,98 milhão de toneladas, segundo um relatório divulgado pela Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados (CICCRA). O peso dessa queda recaiu no mercado externo, com uma diminuição nas exportações de 48,4% em termos anuais e no consumo doméstico, que retrocedeu em 15,7%.
A CICCRA, que agrupa pequenos e médios frigoríficos da Argentina, estimou em seu relatório mensal que os abates de cada mês estão em cerca de 1 milhão de cabeças, “mais ou menos 25% a menos que a média mensal registrada nos dois anos anteriores”.
As causas da queda indicadas no estudo são “a política anti-pecuária de 2005-2009 e a forte seca de 2008-2009”, ao que se somou o efeito do início de uma fase de retenção de ventres, incentivada pela recuperação do preço do gado e também pelo reaparecimento de pastagens na primavera que obriga a manter os animais no campo.
De janeiro a setembro de 2010, a produção caiu em 551.000 toneladas (carcaça com osso), ou seja, 21,8% com relação ao mesmo período do ano anterior. “Em termos absolutos, a maior parte do ajuste recaiu no mercado doméstico, já que absorveu 322.816 toneladas menos que de janeiro-setembro de 2009 e as exportações retrocederam em 228.450 toneladas”.
No entanto, o relatório estimou que, proporcionalmente, o ajuste se produziu no mercado externo, já que “as exportações caíram em 48,4% em termos anuais e o consumo doméstico somente retrocedeu em 15,7%”.
No acumulado dos primeiros nove meses do ano, os abates totais foram de 9,04 milhões de cabeças e a queda foi de 24,5% interanual. “Ao longo do ano, foram deixados de abater 2,94 milhões de cabeças em relação ao período de janeiro-setembro de 2009”. O relatório informa que a produção diminuiu menos que os abates totais devido à recuperação do peso médio dos animais abatidos (+6% anual).
Segundo a CICCRA, esse ano a oferta de gado para enviar ao abate diminui a uma taxa de 25% anual, “algo que nunca se tinha observado nos últimos 30 anos”. Por esse motivo, o preço do quilo vivo e os preços ao longo de toda a cadeia de valor aumentaram “em proporções maiores às observadas em crises anteriores”.
A reportagem é do portal Ámbito Financiero, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.