O mercado mundial de carne nos próximos 10 anos vai se caracterizar por um forte aumento da produção e a Argentina é considerada como o segundo país, depois do Brasil, com maiores possibilidades de crescimento.
O mercado mundial de carne nos próximos 10 anos vai se caracterizar por um forte aumento da produção e a Argentina é considerada como o segundo país, depois do Brasil, com maiores possibilidades de crescimento.
A definição foi feita pelo Agregado Agrícola da Argentina na União Européia (UE), Gustavo Idígoras, que participou via teleconferência do 12º Congresso Mundial Shorthorn, realizado na semana passada no hotel Hermitage, em Mar del Plata, na Argentina.
Idígoras disse de Bruxelas que a produção de carne a nível mundial aumentará fundamentalmente como conseqüência do fato e que, em médio prazo, haverá superação das crises sanitárias em nível mundial. Além disso, o consumo nos países em desenvolvimento está crescendo.
Neste panorama, “o Brasil continuará sendo o principal exportador e passará a vender de 24% a 30% do total exportado no mundo em 2015”, disse Idígoras, e afirmou também que as exportações dos Estados Unidos, União Européia (UE), Austrália e Nova Zelândia vão estagnar. Neste contexto, “a Argentina é vista como o segundo país em potencial de crescimento”.
Quanto aos preços, “a conjuntura atual não se manterá”, mas sim, “cairá em torno de 10% com relação aos valores atuais”. Idígoras disse também que Rússia, Japão, EUA, Canadá, Arábia Saudita e México se consolidarão como novos participantes de grande peso no mercado importador.
Idígoras disse que a Argentina deve enfrentar este cenário “com um importante aumento da produção. Este aumento deverá ser acompanhado por políticas públicas e privadas”. Entre elas, ele ressaltou a questão sanitária, principalmente o avanço no sistema de rastreabilidade que não devem ser vistos como um limitante, mas sim, como uma vantagem competitiva, segundo ele.
Idígoras também ressaltou a importância de atender o problema “dos resíduos farmacológicos” na carne, sobre os quais os mercados estrangeiros e os consumidores são cada vez mais exigentes. Outras questões são avançar nas normas de bem-estar animal, especialmente em melhorar o transporte de gado. A reportagem é do site Cadena3.com.ar.