Argentina: produtores contra rastreabilidade no mercado interno

A Federação de Associações Rurais de Entre Ríos (Farer), na Argentina, está solicitando a suspensão da identificação do gado destinado ao mercado interno devido ao “custo desnecessário que o produtor terá que assumir”.

Através de uma nota, feita pelo presidente da Farer, José Carlos Basaldúa e pelo secretário, Jorge Chemes, dirigida ao presidente do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), Jorge Amaya, a entidade pede a “suspensão de todas as resoluções que determinam a identificação de todo o rebanho nacional em cinco anos e da proibição de transporte de bezerros machos ou fêmeas sem identificação individual a partir de 2007”.

“Nossa solicitação se fundamenta no custo desnecessário que o produtor deverá assumir para cumprir essas normas, em um contexto onde a cadeia de valor da produção de carne está totalmente carente de incentivos, pela falta de políticas com vocação exportadora e pelo desinteresse na busca de alternativas de médio e longo prazo que possam substituir a decisão de limitar as exportações de carne”.

A Farer disse que considera “razoável” as normas de identificação para rastreabilidade em estabelecimentos que exportam carne à União Européia (UE), mas considera “um excesso” proceder com o mesmo sistema nos animais que têm como destino o mercado interno “que não requer e não necessita e que representa nada menos que 80% dos abates totais”.

A reportagem é do El Diário de Entre Ríos.