Argentina: queda de 5% do rebanho bovino em 2009

No último ano, o rebanho bovino argentino registrou uma queda da ordem de 5% com um aprofundamento do fenômeno de migração de animais das regiões de pampas para as subtropicais e semi-áridas. Isso é o que indicam os dados de vacinação contra a aftosa do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) os quais, embora não possam ser tomados como referência exata, são a ferramenta mais confiável para seguir a evolução do rebanho bovino argentino.

Na primeira campanha anti-aftosa de 2009, o Senasa registrou 55,80 milhões de vacinações contra 59,26 milhões no mesmo período de 2008 (-5,8%) e 60,16 milhões no primeiro semestre de 2007 (-7,2%). Nas províncias da região dos pampas (Buenos Aires, La Pampa, Córdoba, Entre Ríos e Santa Fé), as vacinações registradas no primeiro semestre de 2009 foram de 39,43 milhões contra 42,53 milhões no primeiro semestre de 2008 (7,2%). No entanto, comparadas com os dados do primeiro semestre de 2007, a queda foi de 11,2% dado que nesse período foram registradas 44,41 milhões de vacinações. Em termos absolutos isso representa uma redução de 4,97 milhões de cabeças nos últimos dois anos.

Algumas províncias do norte do país, que vinham mostrando nos últimos anos um crescimento sustentado do rebanho bovino, como Corrientes, Chaco e Formosa, não puderam escapar dessa vez dos efeitos brutais da seca registrada no último ano. Já outras províncias do norte, como Salta, Santiago del Estero, Tucumán, Jujuy, Catamarca e Misiones, apresentaram um aumento de 3% nas vacinações na primeira campanha de 2009.

As províncias da região semi-árida (San Luis e Mendoza) também mostraram, apesar do impacto da seca, um crescimento no rebanho de 3,2%. A maior queda interanual foi registrada em Río Negro, onde a seca gerou uma catástrofe produtiva: na primeira vacinação de 2009 foram vacinados 365.000 animais contra 550.000 em 2008 (-33%).

A reportagem é do Infocampo, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.