Inspetores do Serviço de Inspeção Animal e Vegetal (Aphis) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) visitarão a Argentina no final de maio para avaliar a condição sanitária do rebanho bovino do país.
Eles farão uma avaliação do risco de contaminação pelo vírus da febre aftosa ao norte do paralelo 42o, onde a doença apareceu em setembro de 2003. Abaixo do paralelo fica a Patagônia. Em janeiro deste ano a OIE declarou a área acima do paralelo como livre de aftosa.
De acordo com a legislação americana, o Aphis tem que esperar pelo menos um ano após o aparecimento de um foco de aftosa para determinar se o país atingido pode voltar a exportar carne bovina para os EUA.
Desde março de 2001, a Argentina não pode vender carne bovina fresca para EUA, Canadá e México. Antes dessa data, o país cumpria uma cota de exportação de 20 mil toneladas por ano.
Na equipe de inspetores estará um canadense e o governo argentino está tentando convencer o México a enviar um representante, segundo o porta-voz da agência de inspeção animal e vegetal da Argentina, a Senasa, Carlos Chighizola. A visita será o primeiro passo para o processo de reabertura das exportações para os três países.
Em 2004 a Argentina exportou 478.124 toneladas de carne bovina, aumento de 58% ante 2003. É o terceiro maior exportador do mundo, atrás de Austrália e Brasil. O país vendeu carne para mais de 80 nações no período.
Na Argentina, existe a expectativa de se reiniciar a exportação de carne bovina in natura aos EUA ainda esse ano.
Fonte: Estadão/Agronegócios (por Ana Conceição), adaptado por Equipe BeefPoint