Reprodução em novilhas de corte
23 de janeiro de 2004
Leilão Perfeita União: 2 dias comercializando Guzerá
27 de janeiro de 2004

Argentina redefine critérios da cota Hilton

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentos (SAGPyA) da Argentina analisará nesta semana junto às entidades do setor agropecuário e às câmaras que reúnem a indústria frigorífica, os detalhes do projeto de resolução para modificar a repartição das 28 mil toneladas de carnes que compõem a cota Hilton.

Esta cota, de 28 mil toneladas, é o maior negócio da indústria frigorífica porque representa US$ 200 milhões anuais e equivale a 40% dos embarques totais argentinos. Trata-se de cortes de alta qualidade e altos preços que, na Europa, custam cerca de US$ 1800 a mais que as carnes comuns. O novo regime, que já foi enviado às entidades para sua análise, terá uma duração de quatro anos, destinará 7% aos frigoríficos regionais e fixará uma cota máxima por planta, tal como foi anunciado em dezembro passado pela SAGPyA.

A primeira idéia do secretário argentino, Miguel Campos, era resolver as mudanças na distribuição da cota Hilton antes do final do ano, mas a oposição do Argentine Beef Consortium (ABC), que reúne os maiores frigoríficos do setor, motivou a intervenção do presidente, Néstor Kirchner, que propôs um prazo até o próximo dia 30.

O documento redigido pela SAGPyA propõe uma “cota básica igualitária” de 100 toneladas por planta e aumenta de 6% a 8% a cota, durante os primeiros dois anos de vigência do novo regime para elevar para 10% a partir do terceiro ano a cota reservada aos empreendimentos de produtores e frigoríficos.

Neste sentido, a Associação de Produtores Exportadores (APEA) manifestou seu apoio às emendas. “Somos conscientes da necessidade de manter como critério básico e fundamental a vocação e atitude exportadora, mas sem descuidar da equidade, eficiência e justiça distributiva”, considerou a APEA. Ao mesmo tempo, esta entidade que reúne a maioria dos produtores que exportam carne por si mesmos, disse que “ante à necessidade de desenvolver uma pecuária competitiva é que acreditamos enfaticamente na necessidade e na oportunidade de reformar a atual distribuição da cota”.

Fonte: La Nación, adaptado por Equipe BeefPoint

Os comentários estão encerrados.