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Argentina redistribuirá cota Hilton

A Oficina Nacional de Controle Comercial Agropecuário (ONCCA) da Argentina redistribuirá 1400 toneladas da cota Hilton que está com risco de não ser cumprida. Com esta medida, se reconhece que o país está prestes a não cumprir com seus compromissos de exportação de cortes bovinos da Cota Hilton, cujo valor médio é de cerca de US$ 17 mil a tonelada. Para o ONCCA, trata-se de apenas 1400 toneladas, mas para outras fontes da indústria, o volume comprometido e que ainda não foi exportado é de mais de 3 mil toneladas.

A Oficina Nacional de Controle Comercial Agropecuário (ONCCA) da Argentina redistribuirá 1400 toneladas da cota Hilton que está com risco de não ser cumprida. Com esta medida, se reconhece que o país está prestes a não cumprir com seus compromissos de exportação de cortes bovinos da Cota Hilton, cujo valor médio é de cerca de US$ 17 mil a tonelada. Para o ONCCA, trata-se de apenas 1400 toneladas, mas para outras fontes da indústria, o volume comprometido e que ainda não foi exportado é de mais de 3 mil toneladas.

A ONCCA deu aos frigoríficos um prazo de 48 horas para informar “as toneladas que estão em condições razoáveis para exportar” antes do dia 30 deste mês, quando vence o ciclo comercial de 2007/2008 da cota. Será considerado que aqueles que não informarem seu volume, terão o resto de sua cota redistribuída. Esses volumes serão redistribuídos diretamente pela ONCCA.

A medida foi adotada pela Resolução 837/2008 da ONCCA, publicada no Boletim Oficial. Na resolução também se reconhece “a situação de emergência”, que é conseqüência do grande conflito entre o Governo e o campo – que já tem mais de 100 dias – e as restrições tarifárias e administrativas que as exportações de carne da Argentina sofreram neste período.

Porém, mesmo redistribuindo as cotas e acelerando os processos industriais e logísticos, continua sendo grande o risco de não cumprimento da cota. As estradas bloqueadas, a decisão da maioria dos produtores de não comercializar seus produtos – entre eles, os de gado gordo para exportação – e, sobretudo, a escassez de capacidade de armazenamento nos aviões são os maiores impedimentos.

Desde o começo deste mês, os frigoríficos argentinos estão enviando carne em aviões para cumprir com seus compromissos. “Há uma perda de rentabilidade; precisamos pagar um frete de US$ 1500 a US$ 2000 mais caro por tonelada”, disse o presidente da União da Indústria de Carnes da Argentina (Unica), Gustavo Valsangiácomo. Ele disse que não acha que faltará muito volume a ser enviado da cota Hilton.

O presidente da ONCCA, Ricardo Etchegaray, disse ao La Nación que a Argentina já exportou 70% de sua cota Hilton, de 28 mil toneladas, e por isso, “não há nenhum risco de penalidade para o país”. Porém, as empresas e alguns funcionários do setor consideram fato que a União Européia (UE) penalizará o não cumprimento dos contratos no próximo ano: o bloco teria decidido não ampliar a cota em 1000 toneladas como anunciou no ano passado. A ONCCA informou na semana passada a lista de frigoríficos e grupos de produtores que ainda não cumpriram com os envios e os responsabilizou pelos não cumprimentos.

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