Argentina: segue impasse entre Governo e produtores
A trégua dada pelos produtores argentinos ao governo de Cristina Kirchner durou pouco mais de 20 horas. A expectativa é de retomada de diálogo hoje. Os protestos, incluindo bloqueios de estradas, além de provocarem desabastecimento de alimentos, constituem-se no maior desafio já declarado por um setor ao governo do casal Kirchner.
A trégua dada pelos produtores argentinos ao governo de Cristina Kirchner durou pouco mais de 20 horas. A expectativa é de retomada de diálogo hoje. Os protestos, incluindo bloqueios de estradas, além de provocarem desabastecimento de alimentos, constituem-se no maior desafio já declarado por um setor ao governo do casal Kirchner.
Os produtores exigem a suspensão dos aumentos dos impostos, mas o governo recusa-se a discutir o fim dos reajustes. No fim da noite de ontem, o governo acenou com o anúncio de um pacote de medidas para beneficiar pequenos produtores agrícolas.
Na sexta-feira, as quatro associações do setor haviam decidido suspender a paralisação. Mas sem obter avanços nas reuniões com os ministros, retomaram os protestos, incluindo os piquetes que impedem a entrada de alimentos no país.
O governo insiste que só conversará após o fim do movimento. “O único efeito dos piquetes é o desabastecimento para nossas crianças e idosos”, alfinetou o ministro do Interior, Florencio Randazzo.
Segundo reportagem de Ariel Palácios, do jornal O Estado de S.Paulo, mesmo com uma possível retomada da negociação hoje, o cenário era de impasse até ontem à noite, já que o governo não aceita de forma alguma a suspensão dos aumentos dos impostos sobre as exportações. No fim de semana, as lideranças agropecuárias pediram que o governo pelo menos suspendesse os aumentos por 90 dias em troca do fim da paralisação. Mas Cristina rejeitou a proposta.
