As exportações de carne da Argentina nos primeiros oito meses do ano totalizaram US$ 291 milhões, 40% a mais do que no mesmo período de 2001. Houve aumento nas vendas devido à desvalorização do peso argentino e à ausência de casos de febre aftosa nos rebanhos do país.
O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) do país disse, na terça-feira, que as vendas no ano de 2002, até agosto, aumentaram para 153,24 mil toneladas, comparadas com as 97,808 mil toneladas exportadas durante todo o ano de 2001. As exportações de carnes argentinas, bem como de outros produtos, foram beneficiadas com a desvalorização do peso, que caiu mais de 70% com relação ao dólar norte-americano, desde janeiro deste ano.
O ressurgimento de casos de febre aftosa nos rebanhos argentinos em março de 2001 cortou o acesso da Argentina a mercados chave, como o da União Européia, do Chile, do Canadá e dos Estados Unidos. Porém, um rigoroso programa de vacinação instaurado no país tem permitido a retomada destas vendas.
A Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados da República Argentina (CICCRA) estimou que o país exportará cerca de 309 mil toneladas de carne em 2002.
A cota da Argentina de carne de alta qualidade para a UE, chamada de Cota Hilton, está fazendo uma grande diferença, com 34,581 mil toneladas exportadas, por um valor total de US$ 126,9 milhões, durante os oito primeiros meses do ano (até agosto). As vendas de carnes sob o sistema da Cota Hilton atingiram o valor de apenas US$ 28 milhões em 2001.
Em junho a UE aprovou um aumento temporário de 10 mil toneladas no volume de exportação da Cota Hilton da Argentina, para compensar parcialmente as perdas que o país sul-americano sofreu durante o ano de 2001.
As exportações de carne resfriada e congelada da Argentina totalizaram 53,363 mil toneladas por um valor total de US$ 73 milhões. As exportações de carnes processadas totalizaram 29,09 mil toneladas, por US$ 71 milhões, enquanto as exportações de miúdos totalizaram 36,216 mil toneladas, por um valor de US$ 21 milhões.
Fonte: Reuters, adaptado por Equipe BeefPoint