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Argentina tem forte queda no rebanho bovino

O rebanho bovino da Argentina perderá esse ano 40% de sua safra de bezerros, o que significa que nascerão entre 3 e 4 milhões de bezerros a menos que no ano passado, devido à seca, ao baixo índice de prenhes e ao desânimo dos produtores diante do futuro incerto da pecuária. O panorama leva a uma redução de 10% no rebanho com relação ao maior nível registrado em 2007, com 57 milhões de cabeças - hoje baixaria para 52 milhões.

O rebanho bovino da Argentina perderá esse ano 40% de sua safra de bezerros, o que significa que nascerão entre 3 e 4 milhões de bezerros a menos que no ano passado, devido à seca, ao baixo índice de prenhes e ao desânimo dos produtores diante do futuro incerto da pecuária. Além de perder parte da Conta Hilton, o panorama também leva a uma redução de 10% no rebanho com relação ao maior nível registrado em 2007, com 57 milhões de cabeças – hoje baixaria para 52 milhões.

No entanto, existe também uma notícia animadora. Apesar da crise internacional, a oferta global de carne bovina é insuficiente e o mundo segue demandando carne, segundo especialistas.

“A perda de 4 milhões de bezerros e a baixa do rebanho para 52 milhões de cabeças é reversível, porque as causas foram a seca e a falta de sinais claros para o setor pecuário”, disseram o presidente do Instituto de Promoção da Carne Bovina Argentina (IPCVA), Dardo Chiesa, e o consultor, Víctor Tonelli.

No Mercado de Liniers o preço desde janeiro subiu 35%, passando para 3,70 pesos (US$ 1) o quilo vivo contra os 2,80 pesos (US$ 0,76) do final do ano passado. Considerando a desvalorização e os maiores custos, considera-se que os 3,41 pesos (US$ 0,92) do topo alcançado em julho passado – em meio ao conflito do Governo e do campo – equivaleriam a cerca de 4 pesos (US$ 1,08) hoje. Há também uma defasagem de 5 a 6 vezes mais nos preços dos açougues.

Chiesa disse que o maior problema é a condição das vacas. “Existem 22 milhões de vacas que pariram em mal estado, e na primavera, quando se colocam os touros para cobrir, a vaca tem que estar bem nutrida, porque além disso tem um bezerro ao pé que está alimentando”.

Os dados da seca mostram uma mortalidade de mais de um milhão de bovinos que, para o presidente do IPCVA, já somam cerca de 2 milhões de animais. “Além disso, há uma grande venda de animais fracos ou em más condições”.

Os especialistas disseram que de 22 milhões de vacas se obtêm entre 13 e 14 milhões de bezerros, em épocas normais, na Argentina. “Eu creio que este ano vamos ter cerca de 10 milhões de bezerros”.

O outro grande problema do rebanho argentino é a grande matança de matrizes. Os dados de abates indicam que mais de 48% correspondem a vacas ou bezerras. “É vaca em mal estado e bezerras de estabelecimentos de engorda sobretudo porque, nos açougues, se premia a bezerra, uma questão complicada porque as bezerras que se matam hoje já não serão mães amanhã”.

A reportagem é do Clarín, traduzidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. mauri deschamps disse:

    Tal como se passa com nossos irmãos argentinos, as dificuldade da pecuria nacional são identicas aqui no Brasil.

    Mas vejo nesse panorama uma luz no fim do tunel para os exportadores e pecuaristas brasileiros.

    Com a falta de carne no mercado internacional, os preços de venda tenderão a subir, e certamente ajudar a repor o caixa, tão debilitado da agropecuaria nacional.

    É só aguardar para conferir.