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Argentina tem queda no consumo de carne bovina

O Ministério da Economia da Argentina informou que somente aumentará os impostos de exportação de carne bovina se os preços desse produto aumentarem abruptamente em um curto período de tempo. No entanto, não é isso que está ocorrendo atualmente no mercado. Em junho e julho o consumo está dando sinais de retrocesso pela primeira vez em três anos e meio de aumentos de preços.

Em junho, a produção caiu e as exportações cresceram muito, com o consumo per capita na Argentina caindo entre três e quatro quilos (equivalente anual per capita). Os aumentos de preços, pela primeira vez em muito tempo, agora não só não querem ser convalidados pelo consumidor, mas registram uma queda na demanda e no gasto com carne bovina. Os aumentos de preços de julho, que levaram a uma inflação de 1% em todo o mês, ocorreram em vários produtos de consumo massivo, mas não na carne.

Até agora, a queda na produção – com relação ao primeiro semestre – é de somente 3-4%, de forma que a luta entre exportação e consumo não ganha forças nem se expressa em grandes mudanças nos preços do gado, que mantêm seus níveis de semanas anteriores.

De acordo com a primeira campanha de vacinação contra a febre aftosa deste ano, e considerando as 10 principais províncias de produção pecuária do país, que compreendem 96% dos animais, o rebanho bovino teve queda de cerca de 200 mil cabeças (-0,3%). Esta é uma queda pequena, mas os registros mostram que o rebanho bovino argentino, após aumentar entre 2000 e 2004, agora deixou de crescer. O rebanho caiu marginalmente em Buenos Aires, Córdoba, Entre Ríos e La Pampa e cresceu em Santa Fé (Centro-Norte), Corrientes e Río Negro.

As condições de seca que tiveram início em boa parte da zona dos pampas e semi-árido, compromete o êxito do próximo serviço. Isso pode determinar que, em 2006 – pelo quarto ano consecutivo – o número de bezerros nascidos caia. Em todas as regiões, mas especialmente em Buenos Aires, verifica-se que cada vez há mais vacas e menos bezerros.

Rússia é principal importador

Em junho, os embarques de carne bovina para a Rússia totalizaram 27 mil toneladas (peso produto), o volume mais alto a um só país já registrado desde a década de 1930, quando o Reino Unido absorvia 90% das exportações argentinas.

A Rússia importa atualmente enormes volumes de carne destinada a sua indústria frigorífica (fabricação de salsicha, frios, hambúrguer), estimando-se que 70% da carne importada são destinadas a Moscou e São Petersburgo. O grosso da produção russa de carne bovina corresponde a animais de raças leiteiras, sendo irrelevante a produção de carne proveniente de animais de raças de corte.

Fonte: Informe Ganadero, adaptado por Equipe BeefPoint

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