Mercados Futuros – 28/07/08
28 de julho de 2008
Nelore Brasil: ACNB apresenta qualidades da carne Nelore Natural em exposições da raça e pontos de venda em todo o país (Vídeo)
30 de julho de 2008

Argentina: trabalhadores temem demissões

Os trabalhadores da indústria frigorífica da Argentina estão preocupados com a atual crise, temendo a perda de postos de trabalho. Isso porque muitos frigoríficos estão com suas câmaras cheias de carne que não pode ser exportada, já que as permissões para a venda não estão sendo liberadas no ritmo adequado. Desta forma, algumas empresas decidiram suspender os abates e, com isso, podem demitir funcionários.

Os trabalhadores da indústria frigorífica da Argentina estão preocupados com a atual crise, temendo a perda de postos de trabalho. Isso porque muitos frigoríficos estão com suas câmaras cheias de carne que não pode ser exportada, já que as permissões para a venda não estão sendo liberadas no ritmo adequado. Desta forma, algumas empresas decidiram suspender os abates e, com isso, podem demitir funcionários.

Isso foi dito pelo presidente do Sindicato da Carne, José Fantini. Segundo ele, o setor vem recebendo um subsídio de 600 pesos (US$ 198,91) devido à paralisação gerada pelo conflito entre o Governo e o campo que se estendeu por dois meses (veja artigo relacionado). No entanto, os trabalhadores rechaçam esta alternativa. “Nestes meses, tivemos 19 mil companheiros no país que não puderam cumprir suas funções. Queremos ter trabalho sem incertezas, sempre sofremos as conseqüências. Queremos tranqüilidade, porque neste país não há uma política de carne”.

Fantini disse que o Sindicato pediu uma reunião com o secretário do Comércio, Guillermo Moreno. Segundo o que se sabe, o Governo argentino não entrega as permissões de exportação e os cortes estão se acumulando, complicando o processo produtivo.

Na sexta-feira, o consórcio de exportadores de carne, ABC, e a União da Indústria de Carnes da Argentina (Unica), difundiram um comunicado em que reclamavam uma maior velocidade na entrega de permissões de exportação. “A escassa e aleatória autorização e liberação das permissões de exportação de produtos de carne e miúdos tem reduzido a níveis mínimos as exportações de carnes, afetando seriamente a continuidade operacional e comercial da indústria frigorífica exportadora argentina”.

O Estimador Mensal Industrial (EMI) de junho mostrou uma queda interanual da atividade de 18,1%. Com relação a maio, o EMI caiu em 6,3%.

No entanto, a Oficina Nacional de Controle Comercial Agropecuário (ONCCA) disse que “foram autorizadas exportações de 45 mil toneladas de carne este mês. A dez dias do fechamento do mês, há pedidos de mais de 77 mil toneladas, o que supera o esquema de Acordo Marco, firmado em abril entre o Governo e as entidades rurais – 550 mil toneladas por ano, a uma média mensal de 45.833 toneladas de carcaça com osso por mês”. A reportagem é do site Rosario3.com.

Os comentários estão encerrados.