No segundo trimestre de 2010, a filial argentina da companhia brasileira Marfrig exportou 8.100 toneladas de produtos de carne bovina, 35% a menos que o registrado no mesmo período de 2009 devido às restrições às exportações implementadas pelo Governo argentino.
No segundo trimestre de 2010, a filial argentina da companhia brasileira Marfrig exportou 8.100 toneladas de produtos de carne bovina, 35% a menos que o registrado no mesmo período de 2009 devido às restrições às exportações implementadas pelo Governo argentino.
No entanto, o valor gerado pelas exportações das unidades argentinas do Marfrig cresceu em 9,4% no segundo trimestre de 2010 com relação ao mesmo período de 2009 por causa de um aumento de 68% no preço médio de venda (que passou de US$ 7.363 por tonelada para US$ 12.400 por tonelada), segundo indica o último balanço consolidado apresentado pela companhia. Esse aumento do preço médio ocorreu, segundo o Marfrig, devido à “liberação de toda a cota Hilton (2009/10), que foi cumprida integralmente pela Quickfood, com o adicional de cotas não cumpridas por outros participantes”.
O Governo argentino adjudicou a cota Hilton correspondente ao ciclo de 2009/10 em meados de abril (a qual, embora tenha sido distribuída com um atraso de nove meses e meio precisou ser cumprida até o final de junho passado, podendo ser exportadas apenas 46% do total). Em 2009/10, o Marfrig obteve uma cota Hilton de 3.122 toneladas.
“No segundo trimestre de 2010, os abates na Argentina caíram em 3,4% (com relação ao mesmo período de 2009) para ficar em 143.100 cabeças”, disse o Marfrig. “Além do aumento dos custos (pelo aumento do valor do gado), a dificuldade para obter licenças de exportação no segundo trimestre gerou uma pressão adicional sobre as margens (geradas pelas unidades argentinas)”.
Após restringir as exportações em março passado, durante o mês de maio, o secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, se comprometeu a liberar uma cota exportável de cortes frescos bovinos por um mínimo de 20.000 toneladas mensais, mas os dados oficiais mostram que isso não foi cumprido.
As vendas no mercado interno realizadas pelas unidades locais da Marfrig também caíram: no segundo trimestre de 2010, foram de 47.600 toneladas, contra 64.300 toneladas no mesmo trimestre do ano passado (-26%). Essa queda foi mais que compensada com um aumento do preço de venda, de 43%.
Na Argentina, o Marfrig controle as firmas Quickfood, Argentine Breeders & Packers, Best Beef, Estancias del Sur e Mirab.
A reportagem é do Infocampo, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.