O coordenador do Fórum Nacional da Pecuária de Corte, Antenor Nogueira, disse que a arroba do boi gordo deve ir bem além dos atuais R$ 58,00 que estão sendo pagos nas principais praças produtoras de Goiás. Ele argumenta que a oferta de animais para abate já está bastante justa, tendo em vista que os estoques de bois confinados já se esgotaram e o boi de pasto ainda demora chegar ao mercado.
Para Nogueira, a progressão dos preços do boi gordo só vai depender do próprio pecuarista, a quem cabe ditar o ritmo da oferta de animais. “Precisamos entender que esse é o momento de recuperarmos as graves perdas passadas e que para isso é preciso cautela no descarte dos estoques, evitando a saturação do mercado”, diz Nogueira, ponderando que, ao contrário do que muitos pensam, a cotação atual do boi ainda está muito abaixo da média histórica para esse período do ano.
De acordo com o coordenador, nesse mesmo período do ano passado a arroba do boi estava cotada a 18 dólares, o que representa pelo câmbio atual cerca de R$ 64,80. “E já estava abaixo da média histórica que é de 21 a 22 dólares”, argumenta. Ele chama a atenção do pecuarista para a importância de fechar a entressafra com uma boa cotação para o boi, já que é a partir desses preços que se definem os preços para a safra que se inicia.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes (Sindicarne), José Magno Pato, admite que o preço da arroba do boi deve continuar subindo, mas adverte, entretanto, que essa elevação tem um limite, que é o baixo poder aquisitivo da população. Segundo ele, o que ainda está puxando o preço do boi são as exportações, pois muitos frigoríficos terão que cumprir contratos de embarque até novembro.
Fonte: O Popular/GO (por Edimilson Souza Lima), adaptado por Equipe BeefPoint