Embora tenha durado apenas uma semana, a greve dos fiscais federais agropecuários, realizada na semana passada, contribuiu para esfriar ainda mais os negócios com boi gordo em todo o País, com reflexos na cotação do produto. A arroba, que mantinha preço variável entre R$ 52 e R$ 55, caiu para R$ 51 a R$ 54 na semana passada, dependendo da região de Goiás.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do Estado, José Magno Pato, explicou que, com a paralisação dos fiscais, os abates foram significativamente reduzidos. Com isso, houve represamento de boi gordo e com o grande aumento da oferta as cotações caíram. Ele não acredita, contudo, em novas reduções.
Segundo ele, o ritmo de exportações está normal, mas as cotações permanecem as mesmas do fim de 2003, algo em torno de US$ 2 mil a tonelada. No mercado interno, o consumo não reage, primeiro porque o poder aquisitivo do trabalhador não apresentou nenhuma melhoria e há boa oferta de carnes mais baratas como o frango e o suíno.
Para o dirigente, a cotação da carne bovina deverá ser marcada pela estabilidade nos próximos meses, com ligeiras variações. Uma reação mais acentuada deverá ocorrer a partir de julho. Magno Pato baseia sua projeção na grande oferta de boi gordo, favorecida pelas boas condições climáticas deste ano.
Fonte: O Popular/GO, adaptado por Equipe BeefPoint