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Arroba do boi pode subir em SP

Os preços da arroba no interior paulista ainda têm chances de subir nesta semana, segundo o analista da FNP Consultoria, José Vicente Ferraz. Conforme ele, a alta é esperada para a arroba do gado rastreado, que pode se firmar em R$ 63 para descontar o Funrural a prazo. No momento, a arroba ainda é cotada em R$ 62.

Ferraz acredita, contudo, que os preços não devem subir mais em Mato Grosso do Sul, região onde o frio leva os criadores a aumentar a oferta de animais para abate. Segundo ele, os preços tendem a ficar estáveis no Estado. Na sexta-feira, foram registradas ofertas por parte dos frigoríficos a R$ 60 para descontar o Funrural a prazo em Mato Grosso do Sul, R$ 1 abaixo do preço vigente. Mas pouca venda de animais foi registrada neste patamar de preço.

Já o analista Alcides Torres, da Scot Consultoria, acha que um recuo nas cotações é pouco provável, diante da menor oferta de animais rastreados.

O analista da Hencorp Commcor, Elio Micheloni, acrescenta que muitos frigoríficos estão preferindo comprar animais em outros estados. Segundo ele, um frigorífico está indo buscar bois em Mato Grosso a R$ 49 por arroba, a uma distância de quase dois mil quilômetros do ponto de abate. Mesmo pagando um custo de frete de R$ 7 por arroba, o custo total de R$ 56 ainda é menor do que a arroba conseguida no interior paulista. Este comportamento pode tornar uma nova alta no interior paulista mais lenta do que o esperado inicialmente.

Consumo

O consumo interno continua fraco, o que deve sustentar pouco as cotações da carne no atacado na próxima semana, quando já se entra na segunda quinzena do mês. Na sexta-feira passada (11/06), porém, os preços da carne no atacado haviam registrado ligeira alta diante da maior demanda de frigoríficos exportadores.

No atacado, os preços estão a R$ 4 o quilo do traseiro e R$ 2,60 o dianteiro. Segundo Ferraz, os grandes frigoríficos estão recorrendo às compras de carne no atacado para abastecer seus clientes no mercado interno, pois todo abate é direcionado à exportação. “Se isso se mantiver, os preços do traseiro podem subir ligeiramente”, disse. Caso contrário, a demanda fraca interna fará com que os preços fiquem mais pressionados.

Fonte: O Estado de S.Paulo/Suplemento Agrícola (Eduardo Magossi), adaptado por Equipe BeefPoint

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