Um levantamento da consultoria Economática com 240 empresas brasileiras de capital aberto mostrou os impactos da recente disparada do dólar sobre suas dívidas.
Um levantamento da consultoria Economática com 240 empresas brasileiras de capital aberto mostrou os impactos da recente disparada do dólar sobre suas dívidas. A dívida total destas empresas, no final de junho, era de 51,43 bilhões de dólares. A cifra correspondia a 80,29 bilhões de reais naquela época. Mas, com o dólar mais caro, subiu quase 14 bilhões de reais, para 94 bilhões.
Para fazer a conta, a Economática considerou uma taxa de câmbio de 1,5611 real para 30 de junho, e de 1,828 real em 21 de setembro.
O problema, segundo a consultoria, é o impacto desse salto da dívida sobre os lucros das empresas. Uma simulação da Economática mostrou que, em alguns casos, apenas a diferença entre a dívida em junho e em meados de setembro seria suficiente para engolir todo o lucro de algumas companhias no terceiro trimestre.
Para o grupo de 240 empresas, o aumento das dívidas reduziria em 54,1% o ebit (lucro antes de juros e impostos). Mas algumas companhias se complicariam bastante. Nas contas da Economática, a TAM, por exemplo, encerrou junho com Ebit de 2,760 milhões de reais. Como sua dívida em dólar passaria do equivalente a 2,367 bilhões de reais para 2,772 bilhões, os 404 milhões de reais a mais seriam 14.666% maiores que o ebit.
Outro exemplo é a Fibria, maior produtora de celulose do país. Com ebit de 37,787 milhões de reais em junho, a empresa veria sua dívida em dólar avançar o equivalente a 1,278 bilhão, passando de 7,476 bilhões de reais para 8,754 bilhões. A diferença corresponderia a 3.382% seu ebit.
A Economática afirma que a simulação não considera as estratégias de proteção contra a variação cambial adotadas pelas empresas – o famoso hedge cambial.
Fonte: Exame.com, adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Estudo incompleto, pois deveria ter feito também a mesma avaliação nos ativos. Até parece coisa encomendada pela concorrência.
Olá José, boa tarde.
Sua crítica faz sentido. A notícia é fraca e poderíamos buscar mais detalhes ou não publicar.
Não queremos levantar mal-entendidos.
Obrigado pela participação. Abs, Miguel
Um comentário importante é que empresas que exportam, que vendem muito em dólar, têm um hedge natural contra variações do câmbio.
A meu ver, a valorização do dólar é positivo para toda a cadeia pecuária.
O intuito de mostrar essa notícia, é lembrar que cada acontecimento da economia, tem lados positivos e negativos.
Obrigado, Abs, Miguel
PS: Atualizamos a notícia, com mais dados. Obrigado José pelo alerta.
Bem amigos,gostaria que a serviço da pecuaria brasileira ,este conceituado debate aprofundasse na analize economico financeira das empresas do setor de carnes,principalmente carne bovina,assusta me o estado de forte concentraçao na cadeia,assusta os metodos agressivos dos empresarios que hoje agem fortemente alavancados,papeis,dinheiro publico,aquisiçoes,estando isto em poucas maos,um segmento tao importante como a pecuaria brasileira se ve refem,no mais a petrobras eh brincadeira,sao lucros e mais lucros,recordes sobre recordes,mas nada de ter dinheiro em caixa,por favor se alguem enteder,que poste aqui uma expelicaçao ,na minha pequenez,quando minha empresa da lucro,alias coisa rara ,o dinheiro sobra, como funciona este negocio?com eles eh diferente?para onde vai a grana?
Parabens Sr. Miguel da Rocha Cavalcanti, sua atitude recomenda ainda mais o
BeefPoint.