Ásia representa estímulo para carne dos EUA

As oportunidades não aproveitadas na China, Coreia do Sul e Japão representam um estímulo para a indústria de carne bovina dos Estados Unidos se os assuntos comerciais puderem ser resolvidos, de acordo com o presidente eleito da Federação de Exportações de Carnes dos EUA (U.S. Meat Export Federation – USMEF), Jim Peterson, que retornou recentemente da Ásia.

Peterson, que é criador de gado em Buffalo, Montana, disse que a indústria precisa especialmente de modificações no limite de 20 meses de idade para os animais que podem fornecer carne ao Japão e que o Acordo de Livre Comércio da Coreia com os EUA deve fornecer alívio de algumas altas tarifas nesse mercado.

“Se pudermos desenvolver esses mercados internacionais e obter nosso acesso de volta para tudo o que foi fechado em 2003, o estímulo econômico será enorme para os produtores de gado dos EUA. Esse mercado é, como se diz, “pá no ombro” (shovel ready) – de forma que se você quer um estímulo econômico “pá no ombro” para a indústria pecuária nos EUA, os mercados internacionais concentram o lugar para fazer isso”.

O próximo passo é conseguir conversar com os governos e obter ganhos para o acesso da carne bovina, disse ele. “No Japão, temos que aumentar o limite de idade para 30 meses. Temos um novo Governo nos EUA e mais recentemente agora um novo Governo no Japão. Os dois precisam começar a negociar imediatamente. Precisamos conseguir mudanças no mercado coreano. Aquele acordo comercial precisa ser ratificado pelo Congresso”.

Peterson também discutiu sua visita com executivos do Daiei, a terceira maior rede de supermercados do Japão. “Sua demanda por carne bovina dos EUA é extremamente boa. Eles dizem que realmente o único fator limitante é que não podem obter o suficiente em certas épocas do ano por causa do limite de 20 meses de idade. As propagandas nas lojas que estão sendo colocadas pela USMEF são muito impressionantes. O produto é bonito, os consumidores estão comprando e é a oportunidade para que nós nos voltemos a nossos governos e consigamos negociações entre os governos e podemos conquistar a abertura desses mercados de forma que possamos estimular nossa indústria pecuária durante esses períodos de baixa”.

A reportagem é do MeatPoultry.com., traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.