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Associação apresenta raio-x da cadeia da carne em MT

A Associação dos Proprietários Rurais de Mato Grosso (APR/MT) apresentou o fluxograma do setor que retrata toda a formação da cadeia produtiva do boi. O documento apresentado ontem (07), detalha todo o processo de desenvolvimento do boi e todas as potencialidades do rebanho.

A atividade primária é responsável, somente na região oeste do estado, por 30% do Produto Interno Bruto (PIB), avaliado em mais de R$ 1 bilhão. Das 22,2 milhões de cabeças estaduais, mais de quatro milhões estão nesta região.

O fluxograma apresenta a pecuária dividida em 15 setores e ramificada em vários segmentos. Entre os que geram divisas para a economia estadual estão a carne, couro e ração.

Entre as ramificações está o fornecimento de matérias-primas para a confecção de escovas, adubos, tintas, cosméticos, explosivos, pneus, alimentos, produtos farmacêuticos, artefatos, laticínios e fábricas de sabão.

“A afirmação de que a pecuária não gera emprego nunca foi verdadeira, com este documento mapeamos todo o setor e conseguimos mostrar toda a formação da cadeia que está muito além da fazenda. Este raio-x surpreendeu, inclusive, pessoas ligadas à pecuária que desconheciam todo este potencial”, explicou o presidente da APR, Ricardo Castro Borges Cunha.

Ainda segundo Cunha, se for feito um paralelo entre as contratações da pecuária e da agricultura, a primeira gera mais empregos. “Na pecuária existe uma necessidade maior de mão-de-obra, porque, independente de estar na safra ou na entressafra, o manejo do rebanho é constante”, destacou.

Outra premissa é de o setor agropecuário, estimado em 7,8% do PIB nacional (R$ 102,4 bilhões), ser o que mais gera renda em outros setores da economia. A cada R$ 1 gerado dentro da propriedade rural, mais R$ 2,42 de renda são multiplicados fora da porteira e injetam recursos nas indústrias de insumos e de processamento de produtos agropecuários, por exemplo.

Produção
A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que no Brasil serão produzidas 7,3 milhões de toneladas de carne bovina neste ano. Deste total, 85% ou 6,2 milhões serão consumidas no mercado interno.

Segundo Cunha, a queda do dólar não está trazendo preocupação para os pecuaristas. Segundo ele, daqui há 40 dias inicia-se o período de entressafra e haverá recuperação de preços. No Estado a média da cotação da arroba é de R$ 49 a R$ 50. “Estamos em final de safra e neste período é muito comum as oscilações de preços, todos os pecuaristas sabem disso”, observou.

O ano de 2001 foi marcado pela valorização do couro. Neste período, o Estado exportou cerca de seis milhões de quilos de couro. No Brasil o faturamento foi de cerca de R$ 2 bilhões com a exportação do produto e apenas R$ 1 bilhão com a venda de carne.

Fonte: Diário de Cuiabá/MT (por Marianna Peres), adaptado por Equipe BeefPoint

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