Reposição Fêmea Nelore – 21/01/09
21 de janeiro de 2009
Mercados Futuros – 22/01/09
23 de janeiro de 2009

Assocon: número de animais confinados pode cair 20%

O número de animais confinados em 2009 poderá sofrer uma redução de 20% em comparação ao ano passado, segundo o diretor executivo da Associação Nacional de Confinadores (Assocon), Juan Lebron. Segundo ele, no mesmo período do ano passado, o cenário que existia para os confinadores era muito diferente do que se observa hoje. "Tínhamos os custos praticamente definidos e uma sinalização de preços muito positiva para atividade", afirma Lebron.

O número de animais confinados em 2009 poderá sofrer uma redução de 20% em comparação ao ano passado, segundo o diretor executivo da Associação Nacional de Confinadores (Assocon), Juan Lebron, que concedeu entrevista ao AE Broadcast Ao Vivo.

Segundo ele, no mesmo período do ano passado, o cenário que existia para os confinadores era muito diferente do que se observa hoje. “Tínhamos os custos praticamente definidos e uma sinalização de preços muito positiva para atividade”, afirma Lebron. No ano passado, os associados da Assocon confinaram 550 mil cabeças, 8 mil a mais do que em 2007. O motivo para a provável redução no número de cabeças confinadas é o aumento do custo de produção, especialmente o boi magro. No ano passado, o insumo ficou escasso, chegando a ficar em falta em determinados momentos, fato que poderá acontecer novamente neste ano.

A baixa disponibilidade de animais para engorda provocou uma forte valorização, que se mantém até hoje. “Hoje, o custo de produção de uma arroba em confinamento é de R$ 85,00, mas o mercado futuro para outubro me sinaliza um preço de R$ 82,00 por arroba”, afirma Lebron.

Uma das preocupações do setor em relação aos custos está ligada às decisões que precisam ser tomadas agora, como o plantio de milho para produção de silagem. “Não é possível plantar o milho em abril, temos que plantar agora, mas os preços não justificam. Quem decidir investir terá que apostar que os preços estarão elevados mais para frente”, afirma.

Além do custo elevado, a falta de crédito no mercado poderá ser outro limitante para o avanço do confinamento no Brasil neste ano. Segundo Lebron, a atividade possui uma alavancagem maior do que a média da pecuária brasileira e se utiliza de investimentos para operar. “Muitos fundos que estavam investindo no confinamento decidiram sacar os recursos e sair da atividade. Isso poderá limitar também um avanço neste ano”, afirma.

Lebron defendeu, no entanto, um maior empenho de toda a cadeia para a reabertura de mercados que foram perdidos. “Os europeus estão dispostos para dialogar, mas o Brasil precisa de mais agilidade e entrosamento entre o governo, as certificadoras e os produtores”, disse o representante dos confinadores.

As informações são da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.