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Assocon: presidente aponta aumento nos confinamentos

Na quarta-feira, dia 18 de junho, durante o Congresso Internacional Feicorte 2008 - realizado em São Paulo durante a 14ª Feicorte (Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne) - que reuniu líderes da cadeia produtiva da carne bovina para discutir temas de grande importância para o setor, o presidente da Assocon (Associação dos Confinadores), Ricardo Merola, apresentou a palestra "Tendências e modelos operacionais de confinamentos. Quem vai dominar o mercado?". Para Merola, o confinamento continuará crescendo.

Na quarta-feira, dia 18 de junho, durante o Congresso Internacional Feicorte 2008 – realizado em São Paulo durante a 14ª Feicorte (Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne) – que reuniu líderes da cadeia produtiva da carne bovina para discutir temas de grande importância para o setor, o presidente da Assocon (Associação dos Confinadores), Ricardo Merola, apresentou a palestra “Tendências e modelos operacionais de confinamentos. Quem vai dominar o mercado?”.

Para Merola, o confinamento continuará crescendo. Ele aponta que de acordo com o Censo realizado pela Associação, no estado de Goiás, entre 2005 e 2007 o número de animais confinados cresceu 78%.

Ele ressalta que o confinamento pode ser visto de formas diferentes pelo pecuarista, como estratégia para diminuição do ciclo e aumento da rentabilidade da engorda (liberando pastos para outras categorias), ou como uma maneira de entregar um produto diferenciado.

Segundo o presidente da Assocon, um dos fatores que pode fazer com que o crescimento seja menor do que o esperado é o preço do boi magro. “Este é o principal custo para o confinador, podendo chegar a 75%”, comenta Merola.

Este problema tem sido agravado pela própria evolução que a pecuária tem sofrido. Com aumento da capacidade dos frigoríficos, crescimento da atividade de confinamento e melhoria na eficiência da engorda tem faltado boi magro no mercado. “Uma possível saída para este impasse é utilizar novas tecnologias para encurtar o ciclo de produção, engordando animais cada vez mais novos e diminuindo o tempo de recria”, comenta.

Ricardo Merola apresentou dados mostrando que o problema de falta de animais para reposição não deve ser solucionado no curto prazo, pois mesmo com os preços atraentes do bezerro o abate de fêmeas continua.

Para o presidente da Associação dos Confinadores, os grandes riscos do setor são controle sanitário e comercialização, ele salienta, “boi a termo é uma péssima maneira de comercialização, o pecuarista precisa utilizar outros meios para garantir o preço de venda. O boi tem que ser hedgeado“.

Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Antonio Davoli disse:

    Tenho total concordancia com as colocações do presidente Ricardo Merola, e quanto a comercialização, realmente é onde confinadores sérios deparam com a maior decepção. Mas como prego e conheço as formas de se agregar valores na hora da venda, continuo operando para poder ter valores agregados na hora do abate.